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Síria

A ditadura da Al-Qaeda contra os cristãos em Idlib

A Al-Qaeda, embora se apresente como um grupo que luta pela "libertação" da Síria, tem se mostrado cada vez mais repressiva

Idlib, uma das províncias mais afetadas pela guerra civil síria, está, desde 2015, sob o controle do Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), um grupo islâmico com raízes na Al-Qaeda, que impôs uma série de políticas restritivas à população local, especialmente às minorias religiosas. Entre essas, os cristãos, que já foram uma parte significativa da comunidade de Idlib, mas que agora têm enfrentado perseguições e constantes.

A Al-Qaeda, embora se apresente como um grupo que luta pela “libertação” da Síria, tem se mostrado cada vez mais repressiva, especialmente para as comunidades religiosas não muçulmanas. Idlib, antes uma cidade caracterizada pela convivência pacífica entre muçulmanos e cristãos, com uma história de presença cristã que remonta a séculos, viu suas igrejas fechadas e seus símbolos religiosos banidos. Isso não foi um fenômeno isolado, mas parte de uma política mais ampla de reconfiguração religiosa e social imposta pela Al-Qaeda. Os cristãos locais, que antes eram comerciantes, artesãos e médicos respeitados, foram forçados a fugir ou se submeter a uma vida discreta, com muitos abandonando suas casas e negócios.

Com a ascensão da Al-Qaeda, o que restava da pequena comunidade cristã em Idlib viu suas práticas religiosas serem proibidas. Igrejas foram fechadas, celebrações como o Natal e a Páscoa foram proibidas, e símbolos cristãos, como crucifixos, foram removidos dos espaços públicos.

Michel Butros al-Jisri, um dos últimos cristãos de Idlib, é testemunha dessa transformação. Ele relembra, com tristeza, a época em que o Natal era uma celebração comum entre cristãos e muçulmanos, com a comunidade unida em torno das festividades. Hoje, ele é um dos poucos cristãos que permanecem na cidade, isolado e sem contato com a igreja ou com outros membros de sua comunidade. As condições de vida para al-Jisri e outros cristãos sobreviventes são precárias, com uma assistência mínima da parte da Al-Qaeda e uma ausência completa de serviços religiosos.

As estatísticas variam, mas estima-se que cerca de 10% da população da cidade fosse cristã antes da tomada de Idlib pela Al-Qaeda. Hoje, esse número caiu drasticamente, com apenas alguns poucos membros sobreviventes.

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