As Brigadas Al-Qassam, braço militar do partido revolucionário palestino Hamas, anunciaram, no dia 23 de dezembro, uma vitória importante contra as forças de ocupação sionistas durante uma operação em Beit Lahia, ao norte da Faixa de Gaza, responsável pela libertação de palestinos mantidos reféns pela ditadura sionista.
Segundo o comunicado das Brigadas, seus combatentes “esfaquearam e mataram três soldados sionistas que faziam parte de uma força ocupante em missão para fortificar um prédio”. Então, os combatentes invadiram a casa, eliminaram todos os soldados sionistas ali presentes, confiscaram suas armas e libertaram diversos civis palestinos que estavam sendo mantidos como reféns pelo Estado nazista de “Israel” no interior da casa.
Ainda no mesmo dia, a imprensa sionista noticiou a morte de dois soldados em um incidente envolvendo explosões em Jabalia, também ao norte de Gaza. Este episódio, segundo fontes palestinas, seria parte de uma série de ações coordenadas pelas forças da Resistência Palestina. As Brigadas Al-Nasser Salah al-Din, braço militar dos Comitês de Resistência Popular, divulgaram imagens de uma operação conjunta com as Brigadas Mártir Omar al-Qassem, da Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP), em que bombardearam um posto de comando sionista no eixo Netzarim com morteiros pesados.
O movimento revolucionário também retomou e intensificou as operações de martírio, na qual corajosos membros da Resistência realizam operações de “autoexplosão”, infligindo, com isso, baixas nos invasores. As Brigadas Al-Quds, braço militar do segundo maior partido revolucionário palestino, o xiita Movimento Jiade Islâmica, confirmaram que um de seus combatentes infiltrou-se em um veículo blindado sionista e detonou uma bomba no interior do veículo, na entrada das Torres Al-Awda, na área de Azbat Beit Hanoun, ao norte de Gaza.
As ações mais recentes se somam à crescente lista de vitórias da resistência palestina. No dia 20 de dezembro, as Brigadas Al-Qassam anunciaram a primeira operação de martírio desta guerra, destacando a reintrodução dessa tática após anos de ausência.
Essa foi a segunda operação do tipo na atual ofensiva. A primeira ocorreu alguns dias antes, quando as Brigadas Al-Qassam realizaram uma complexa operação de martírio em Jabalia: um combatente disfarçado com uniforme militar sionista conseguiu eliminar uma equipe de franco-atiradores, capturando seus equipamentos e camuflagens. Em seguida, infiltrou-se em meio às tropas inimigas e detonou um cinto explosivo, causando baixas significativas entre os soldados invasores.
No mesmo dia, as brigadas divulgaram imagens de um ataque com drone suicida contra o posto militar Magen, localizado a leste de Khan Younis. Outras organizações, como as Brigadas al-Quds e al-Mujahideen, também intensificaram suas operações, disparando foguetes e bombardeando posições sionistas em diversas regiões da Faixa de Gaza.
No dia 22 de dezembro, as Brigadas Al-Quds, em coordenação com as Brigadas Mártires de Al-Aqsa, capturaram um drone de reconhecimento sionista ao norte do campo de refugiados de Nuseirat, em Gaza central. Além disso, suas forças bombardearam soldados e veículos militares sionistas com dispositivos explosivos no oeste da região de Al-Tawam, ao norte de Gaza. No mesmo dia, por fim, combatentes da Resistência explodiram um veículo blindado no campo de Jabalia, utilizando um dispositivo explosivo improvisado, e alvejaram uma força de nove soldados entrincheirados em uma casa na mesma região, utilizando uma carga explosiva TBG.
O impacto das ações da Resistência é evidente tanto nas baixas sionistas quanto no moral das forças de ocupação. Fontes israelenses confirmaram que três soldados ficaram feridos, um deles em estado crítico, após um dispositivo explosivo detonar em um tanque na região central de Gaza. Operações coordenadas como essas evidenciam a capacidade de organização e a determinação das organizações palestinas em resistir à ocupação.
A vitória alcançada pela resistência no dia 23 coroa uma sequência de sucessos nos últimos dias, reforçando a força e a determinação do povo palestino. As operações de martírio, as emboscadas bem-sucedidas e o uso de táticas inovadoras expressam a capacidade da resistência de se adaptar e contra-atacar mesmo diante da superioridade militar do inimigo. A retomada de estratégias consideradas arriscadas, como as operações de martírio, reflete não apenas a coragem, mas também a disposição do povo palestino em armas para infligir danos significativos às forças ocupantes e de enviar uma mensagem clara: a Resistência não pode ser derrotada, nem pela morte.