Segundo a emissora libanesa Al Mayadeen, “Israel” tem realizado operações de varredura no pico do Monte Hérmon, buscando estabelecer uma posição com vista para o sudoeste de Damasco, capital da Síria. A emissora alega ainda que o exército israelense apreendeu equipamentos militares na área, bem como pedaços de um helicóptero israelense abatido durante a Guerra de Outubro.
As forças de ocupação israelenses também abriram fogo de forma indiscriminada contra as florestas de al-Hamidiyah e al-Hurriya, no campo de Quneitra, relataram fontes locais. A ofensiva ocorre após as forças de ocupação de “Israel” terem estabelecido sete posições permanentes ao longo da chamada “zona de amortecimento”, situada nas áreas rurais de Damasco, Daraa e Quneitra.
Segundo relatos ouvidos pela emissora iranianas PressTV, o governo israelense teria informado ao novo governo sírio que as tropas de ocupação permanecerão estacionadas em uma chamada “zona de amortecimento” dentro das Colinas de Golã sírias ocupadas “por enquanto”.
As posições são as seguintes: Hérmon 1, Hérmon 2 e o Gargalo de Beit Jinn nas encostas do Monte Sheikh, na área rural sudoeste de Damasco; Colina de Qurs al-Nafal, a oeste de Hader, no norte de Quneitra; Kassarat Jubat al-Khashab, no norte de Quneitra; o quartel 74, no sul de Quneitra; e o quartel de al-Jazeera na fronteira sírio-jordaniana na Bacia do Yarmouk, no oeste de Daraa.
Até o momento, “Israel” ocupou completamente quase 500 quilômetros quadrados do sul da Síria, demolindo todos os postos militares sírios nas encostas do Monte Hérmon e nas colinas de Quneitra e Daraa.
De acordo com o jornal diário israelense Yedioth Ahronoth, autoridades israelenses teriam dito que:
“Não aceitaremos nenhuma tentativa dos militantes de chegar ao sul da Síria. Assim que parecer que uma parte responsável estiver no poder na Síria, consideraremos transferir a zona de amortecimento para ela. Mas enquanto isso não ocorrer, continuaremos preocupados com nossa própria segurança.”
Enquanto isso, o líder da filial síria da Al-Qaeda, Abu Mohammad al-Julani, afirmou há cerca de uma semana que seu grupo “não se envolverá” em um conflito com “Israel”.
As forças militares israelenses capturaram a zona de amortecimento nas Colinas de Golã horas após grupos armados tomarem o controle da capital síria, Damasco, em 8 de dezembro, o que levou à derrubada do governo do presidente Bashar al-Assad. O exército israelense ocupou as Colinas de Golã sírias durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. “Israel” se recusou a retirar suas forças ou devolver o território, apesar das exigências da Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU.