Conforme noticiado pelo The Telegraph, jornal do imperialismo britânico, os Estados Unidos financiaram e criaram uma milícia composta por ex-militares do Exército Árabe Sírio (antigas forças militares do governo Bashar al-Assad). Os mercenários da milícia, de nome Exército de Comando Revolucionário (RCA), teriam sido treinados não apenas pelos norte-americanos, mas também pela Inglaterra.
Segundo o citado órgão de imprensa, as Forças Especiais dos EUA que ilegalmente ocupam parte do território sírio se reuniram com os mercenários no dia 8 de dezembro último (dia da captura de Damasco, capital), ocasião em que teriam lhes dito “este é o seu momento”.
O RCA, que também é conhecido como Novo Exército Sírio, tem base na área militar norte-americana de Al-Tanf, localizada na província de Rif Damshq, na fronteira com a Jordânia (Estado árabe cuja monarquia governante é subserviente aos EUA e a “Israel”). Conforme a emissora libanesa Al Mayadeen, o RCA, após o golpe contra al-Assad, passou a controlar cerca de um quinto do território do país, inclusive locais no norte de Damasco.
Segundo o Telegraph, os EUA continuam financiando o RCA, sendo uma das justificativas para isto evitar o ressurgimento do Estado Islâmico (EI) na Síria. No entanto, conforme declarado pelo comandante do RCA, os norte-americanos teriam coordenado a comunicação entre o RCA e o HTS durante a ofensiva que derrubou o governo sírio. O HTS é liderado por Abu Mohammad al-Jolani, mercenário enviado à Síria em 2011 pelo Estado Islâmico para criar a frente Al-Nusra, seção síria da Al-Qaeda.