Nesta segunda-feira (16), Kaja Kallas, alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, declarou que vários ministros das Relações Exteriores de países do bloco irão pressionar o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), milícia imperialista que liderou o golpe contra Bashar al-Assad, para agir pelo fim das bases militares russas na Síria, especificamente as de Tartus e Khmeimim. Ela declarou que buscam impor o fim da presença militar russa na Síria como uma condição para dar legitimidade a um governo liderado pelo HTS:
“Muitos ministros das Relações Exteriores levaram isso para dizer que, você sabe, deveria ser uma condição para a nova liderança que eles também se livrassem da influência russa lá”, declarou a alta representante.
Além de ter o objetivo de impedir que a Rússia auxilie na luta contra o imperialismo a partir da Síria, Kallas declarou que o fim da presença militar russa no país também visa dificultar a ação da Federação na África e países ao sul da Síria: “é uma base onde eles também conduzem suas atividades em direção à África e aos vizinhos do sul”, afirmou a representante do imperialismo europeu.
Kallas declarou que está enviando um diplomata da UE para iniciar diálogos oficiais com o HTS e outros grupos que participaram da ofensiva imperialista. Ressalta-se que, anteriormente ao golpe, a UE havia cortado relações diplomáticas com o governo nacionalista de Bashar al-Assad.