O parlamento alemão retirou seu voto de confiança no primeiro-ministro, o social-democrata Olaf Scholz, ou seja, levou a queda do atual governo, a futura dissolução do parlamento e antecipação das eleições do país sete meses antes do previsto.
Essa situação dá continuidade ao cenário de desmoronamento dos regimes políticos no continente europeu – mas também no conjunto dos países imperialistas – da maneira que os conhecemos até os dias atuais.
A perspectiva das projeções eleitorais, conforme constatou o The Economist (“Rastreador das eleições alemãs de 2025: quem está na frente das pesquisas?”), já apontam para uma impossibilidade de alcance de maioria através de uma coalizão com os partidos tradicionais do regime político e o crescimento da extrema-direita, com esta última despontando como possível segunda maior força política no parlamento alemão.
A Alemanha vem de anos de estagnação e retração econômica. Conforme uma outra pesquisa do Forschungsgruppe Wahlen destacada no The Economist (“Porque o líder da Alemanha é impopular”), o principal problema apontado pelos alemães neste momento é justamente a crise econômica que o país se encontra mergulhado. Seguido da questão migratória, clima e energia, guerra na Ucrânia e preços e pagamentos.
Os sucessivos fatos que podem ser verificados no decorrer dos últimos anos apontam para uma aceleração da desagregação dos regimes políticos europeus e que não existe perspectiva de recuperação da situação.