O Hesbolá declara vitória histórica sobre “Israel” no Líbano. O discurso recente do Secretário-Geral do Hesbolá, Sheikh Naim Qassem, destacou o papel fundamental da resistência na derrota de “Israel” em sua incursão no Líbano, consolidando uma vitória que reafirma o poder e a legitimidade da resistência libanesa. O Partido de Deus do Líbano, que enfrentou inúmeras violações e ataques durante o período de ocupação, emergiu como uma força anti-imperialista resiliente, frustrando os planos expansionistas do imperialismo e forçando a retirada gradual dos sionistas.
Sheikh Naim Qassem iniciou seu discurso abordando os supostos objetivos de “Israel” em sua agressão contra o Líbano. Segundo ele, além de assassinar líderes do Hesbolá, incluindo o mártir e herói dos povos Nasseralá, “Israel” cometeu crimes atrozes contra civis, mas falhou em desmantelar a resistência. “Que conquista é essa que deixa intacto o bastião da resistência?”, questionou ele. Para o líder, as ações israelenses apenas evidenciaram a futilidade de confrontar o Hesbolá.
Outro ponto central foi a constatação de que a resistência permanece como a única alternativa viável para proteger o Líbano. Sheikh Qassem ressaltou que a legitimidade do Hesbolá vem de sua fé na causa e na continuidade de sua luta, mesmo diante de perdas e desafios. “Vitória é manter a resistência viva e ignorar as vozes discordantes que refletem desespero”, afirmou ele, destacando a capacidade da resistência de impedir que o inimigo se retirasse sem enfrentá-la diretamente.
O discurso também abordou o papel dos aliados e do povo libanês. Ele destacou que a solidariedade popular foi determinante para barrar as ambições expansionistas israelenses, enfatizando que a resistência não é apenas militar, mas também política e social, defendendo uma maior integração entre o exército libanês, o Hesbolá e as comunidades locais.
Enquanto o Hesbolá celebra sua resistência, o Exército Libanês começou a se reposicionar no sul do Líbano, retomando territórios abandonados durante a ocupação israelense. Em Khiam, por exemplo, as tropas libanesas estão desarmando explosivos deixados pelas forças de “Israel” e reestabelecendo suas posições. Essa mobilização ocorre em coordenação com a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL).
Ontem, um ataque de drones israelenses em Khiam resultou na morte de Mustafa Awada e deixou dois outros civis feridos. O primeiro-ministro interino, Najib Mikati, condenou o ataque como “um ato flagrante de traição” e pediu às potências imperialistas que cumpram as garantias prometidas. Mikati também exortou o comitê de monitoramento a agir urgentemente para evitar novas agressões israelenses.
Com a retirada israelense, o Líbano enfrenta a tarefa monumental de reconstruir suas comunidades. Muitas famílias em Khiam e outras áreas afetadas ainda aguardam a remoção de escombros e a recuperação dos restos mortais de entes queridos. Em Majdal Zoun e Teir Harfa, explossões provocadas por “Israel” continuam a destruir casas, ampliando o sofrimento dos libaneses e o sonho de ver a entidade sionista deixando de existir.
No entanto, a esperança é renovada pela presença crescente do Exército Libanês junto ao povo do país e ao Hesbolá, que busca não apenas garantir a segurança, mas também estabelecer a soberania total do país sobre seu território. Sheikh Qassem destacou que “a resistência, junto com o exército e o povo, evitou a expansão do inimigo” sionista.
Apesar da vitória declarada, a situação no Líbano continua delicada. O Hesbolá enfrenta desafios logísticos, como a perda de rotas de abastecimento militar com a queda do governo de Assad na Síria, e o governo libanês luta para implementar uma estratégia de defesa abrangente. Além disso, “Israel” segue retardando a implementação do cessar-fogo, enquanto planeja novas ações nos territórios ocupados, como Gaza e Cisjordânia, com apoio total dos Estados Unidos. Apesar disso, é preciso categorizar derrotas como derrotas e vitórias como vitórias. Neste caso, ainda com dificuldades, é uma vitória do Hesbolá e derrota do Estado artificial de “Israel”.
Sheikh Qassem reforçou que a resistência não é um episódio pontual, mas uma luta contínua. “Nós não sabemos quando o ocupante será derrotado definitivamente, mas sabemos que a resistência permanecerá no campo de batalha.” Essa declaração reflete a visão do Hesbolá de que a verdadeira vitória está na perseverança.
Com o Exército Libanês gradualmente assumindo o controle de Khiam e outras regiões, o Líbano entra em uma nova fase. A reconstrução e o fortalecimento de sua soberania serão os principais desafios. Enquanto isso, a resistência continua como um pilar fundamental da segurança nacional, enviando uma mensagem clara: a ocupação não será tolerada, e a luta pela liberdade e pela dignidade do Líbano permanece viva.