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Genocídio em Gaza

‘Israel’ pede a soldados que não publiquem crimes em redes sociais

Publicações em redes sociais são provas dos crimes cometidos pela horda sionista – e quem reconhece isso é "Israel"

“Israel” exige que soldados não postem seus crimes nas redes sociais, mesmo sendo irresistível para alguns compartilhar, com ânimo, o que é feito às mulheres e crianças em Gaza. Nos últimos dias, soldados da ocupação israelense envolvidos na guerra contra a Faixa de Gaza foram orientados oficialmente a não publicar fotos ou informações sobre suas atividades nas redes sociais. A advertência do Mossad, a agência de inteligência israelense, surge também pela preocupação com a possibilidade de processos judiciais internacionais por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, como reportou o jornal Al Mayadeen.

A medida ocorre após o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitir mandados de prisão contra o primeiro-ministro de “Israel”, Benjamin Netaniahu, e o ex-ministro da Segurança, Ioav Gallant. Ambos são acusados de crimes contra a humanidade e crimes de guerra relacionados às ações na Palestina. O TPI, que conta com 124 estados-membros, exige que qualquer país signatário detenha os dois líderes caso entrem em seu território. A recomendação do Mossad foi publicada em uma conta na plataforma X (antigo Twitter) associada à agência. O comunicado alerta: “Não poste fotos suas nos campos de batalha de Gaza ou em qualquer outro lugar. Na verdade, não publique nada nas redes sociais.” O aviso também destaca que informações pessoais podem ser usadas por países onde os soldados eventualmente viajem, expondo-os à possibilidade de prisão. “Suas férias podem se transformar em um pesadelo”, acrescenta o texto.

Apesar das advertências, vários soldados israelenses publicaram fotos e relatos sobre suas ações em Gaza, frequentemente vangloriando-se das violações contra a população palestina e a infraestrutura local, o que gera provas ainda mais materiais que podem ser usadas contra eles em tribunais ou nas ruas. Organizações como a Hind Rajab Foundation destacaram que é tarde demais para evitar a documentação dos crimes. “Os criminosos de guerra que essencialmente testemunharam contra si mesmos não escaparão da justiça”, declarou a fundação em resposta ao aviso do Mossad.

A Hind Rajab Foundation revelou que apresentou queixas contra 1.000 soldados israelenses em diversos países, além de um caso junto ao TPI. O nome da fundação é uma homenagem a Hind Rajab, uma vítima emblemática da violência israelense. Hind morreu em janeiro de 2024, quando o carro em que estava com sua família foi alvejado por disparos israelenses enquanto tentavam fugir de Gaza. Os paramédicos enviados para resgatá-los também foram mortos, e seus corpos foram encontrados em um ambulância queimada próxima ao local.

Recentemente, a canalha imprensa israelense informou que pelo menos 30 soldados e oficiais israelenses foram aconselhados a evitar viagens internacionais devido a queixas de crimes de guerra apresentadas contra eles por grupos pró-Palestina. Entre essas organizações, destaca-se a Hind Rajab Foundation, que tem trabalhado ativamente para responsabilizar não Netaniahu enquanto indivíduo, mas “Israel” por suas ações em Gaza.

A guerra contra o povo palestino tem sido marcado por ações de genocídio do início ao fim, começando pela limpeza étnica promovida há quase um século, tendo sido reforçados os bombardeios a áreas civis, ataques a hospitais e a destruição sistemática de infraestrutura essencial. As próprias declarações e publicações de soldados israelenses nas redes sociais tornaram-se evidências cruciais para a comunidade internacional, incluindo o TPI, na construção de casos contra os responsáveis. Um exemplo de tais crimes foi o ataque que vitimou Hind Rajab e sua família, seguido pelo assassinato de dois paramédicos que tentavam prestar socorro. Outro que ficou documentado nas redes sociais foi o uso de cachorros para estuprar prisioneiros israelenses.

A crescente presença de soldados israelenses nas redes sociais tem criado um paradoxo. De um lado, essas postagens revelam uma cultura de impunidade, onde crimes de guerra são exibidos como troféus. De outro, servem como uma rica fonte de evidências para processos judiciais e vingança por parte das vítimas da canalha sionista. Essa dinâmica evidencia a fragilidade do discurso israelense que tenta justificar suas ações como “defesa” ou “segurança”, por mais estapafúrdias que sejam tais justificativas.

É significativo que o próprio Mossad, ao emitir a advertência, reconheça os riscos legais decorrentes dessas publicações. Isso reflete a crescente pressão sobre Israel, além do impacto das redes sociais como ferramenta de documentação e mobilização global. A orientação para que soldados israelenses evitem publicar nas redes sociais destaca não apenas o medo de processos judiciais, mas também a preocupação com o crescente escrutínio sobre os crimes de guerra cometidos em Gaza.

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