Em entrevista à emissora britânica Channel 4, realizada nesta quarta-feira (11), o porta-voz do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), Obeida Arnaout, recusou-se a condenar os ataques aéreos israelenses contra a Síria, e a invasão das forças de ocupação, que já resultaram na tomada das Colinas do Golã e várias cidades e vilarejos no sudeste do país.
Obeida Arnaout, ao ser instado a se pronunciar sobre os mais de 350 ataques realizados contra a Síria, que teria resultado na destruição de mais de 80% da infraestrutura militar do país, Arnaout se limitou a dizer que as prioridades do novo governo são outras, e declarar, abstratamente que “queremos que todos respeitem a soberania da nova Síria. Este ponto é muito importante para nós”.
A declaração vai no mesmo sentido de recente pronunciamento do líder do HTS, Ahmed al-Sharaa, anteriormente conhecido como Abu Mohammad al-Julani, que disse a um jornalista que a Síria está exausta da guerra, e que não está pronta para outra (com “Israel”, no caso). Deve-se considerar que a tomada do poder pelo HTS e outros grupos patrocinados pelo imperialismo deu-se praticamente sem luta, com o Exército Árabe Sírio abandonando suas posições antes mesmo da chegada dos mercenários.