Este Diário, desde o começo do governo Lula, já vinha alertando sobre da campanha da direita golpista no sentido de aprofundar a política de privatização da Caixa Econômica Federal, de retirar uma representante dos trabalhadores, a sindicalista Rita Serrano, à frente do banco, para deixar nas mãos dos representantes neoliberais, indicado, por nada menos do que o golpista de direita e Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL); indicado esse, Carlos Antônio Vieira Fernandes, servidor de carreira da Caixa, um bolsonarista de carteirinha, que hoje se encontra à frente da Caixa, ou seja, um represente da tal Frente Ampla que vem sistematicamente emparedando o Presidente Lula no sentido de adotar uma política que visa satisfazer os interesses dos grandes capitalistas e banqueiros nacionais e internacionais, como, por exemplo, a mais recente medida dos Ministros Haddad e Simone Tebet (Fazenda e Planejamento) com o Pacote de Gastos, que retira dinheiro dos pobres para dar para os banqueiros.
Segundo estudo elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese) o número de funcionários e de pontos de atendimento da Caixa hoje são os menores da última década, com a redução de 18% no número de trabalhadores e o fechamento de 17.860 postos de trabalho em 10 anos.
Em 2014, eram 101.500 funcionários da Caixa e hoje são apenas 83.640. No quesito pontos de atendimento: em 2014 eram 4.205, chegando a 4.285 em 2023 e, hoje, são apenas 4.170.
Em um comparativo de número de postos de atendimento e de pessoal, em comparação ao número de clientes, os dados são assustadores. Em 2014, a Caixa, com os seus 101.500 funcionários, nos seus 4.205 postos de atendimento, tinha, em número de clientes, mais de 78 milhões, o que perfazia 772 clientes para cada empregado da Caixa. Hoje, com os seus 83.640 funcionários, com os seus 4.170 postos de atendimento, o número de clientes mais que dobrou chegando a mais de 153 milhões, passado para cada funcionário responsabilidade por 1.832 clientes. Um verdadeiro absurdo.
No mesmo estudo feito pelo Dieese, “para voltar a mesma relação de clientes por empregado, a Caixa Econômica Federal precisaria ter um quadro total de 198.542 funcionários, ou seja, está com um déficit de 114.902 trabalhadores”.
Esses números apresentados pelo Dieese não deixam dúvida de que há, por parte da direção da Caixa, uma ofensiva reacionária que se materializa no sucateamento do banco, cujo objetivo vai no sentido da destruição do único banco 100% público, preparando para a sua privatização.
Diante desse ataque da direita, que pode levar a destruição total deste grande patrimônio nacional, as organizações de empregados da Caixa Econômica Federal devem se organizar e mobilizar os sindicatos dos bancários, a Central Única dos Trabalhadores e os demais sindicatos dos setores produtivos, os movimentos e as organizações populares, a população em geral, para lutar contra a política neoliberal de privatizações. Somente a luta unificada dos amplos setores pode pôr fim aos ataques contra essa instituição 100% nacional, o maior banco público da América Latina, voltado para atender todas as políticas sociais, principalmente para a população mais pobre.