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Líbano

Hesbolá reitera apoio à Síria contra mercenários e israelenses

“O Hesbolá continuará perseverando e se fortalecerá ainda mais”, declarou Qassem, que responsabilizou EUA e 'Israel' pela escalada da guerra contra Assad

Em um discurso televisionado, o Secretário-Geral do Hesbolá, xeque Naim Qassem, reafirmou o apoio do movimento à Síria na luta contra os objetivos de “Israel” e dos grupos mercenários que agem a mando do imperialismo no país do Oriente Médio. Ele destacou que a agressão contra a Síria é resultado de uma aliança entre potências imperialistas e a entidade sionista, com o objetivo de afastar Damasco de sua posição pró-Resistência, sendo “promovida pelos EUA e por ‘Israel’ após sua impotência em Gaza e seu fracasso nas tentativas de marginalizar a Síria”, disse.

Qassem enfatizou que o Líbano superou recentemente 64 dias de “sacrifícios, dor, mártires e feridos” por meio de paciência e determinação. A vitória da Resistência Libanesa foi creditada a três fatores principais, segundo o dirigente revolucionário. 

O primeiro foi a resiliência dos combatentes da Resistência, que sacrificaram suas vidas no campo de batalha. Em segundo lugar, o sangue dos mártires: incluindo Sayyed Hassan Nasseralá, ex-líder do Hesbolá, cuja ascensão ao martírio inspirou os combatentes a continuar a luta. O terceiro fator foi a recuperação do controle e da liderança na batalha, o que permitiu à Resistência conduzir a guerra.

Também foi abordado a questão do cessar-fogo, que o partido concordou com o acordo como um mecanismo para implementar a Resolução 1701 das Nações Unidas. Qassem, no entanto, denunicou “Israel” por cometer “60 violações desse acordo”.

Ele também destacou que a responsabilidade de monitorar as violações cabe ao governo libanês, em coordenação com o comitê de supervisão do acordo. Ao mesmo tempo, o Hesbolá está avaliando as lições da guerra para melhorar suas capacidades em todas as áreas, assegurou.

“O Hesbolá continuará perseverando e se fortalecerá ainda mais”, declarou Qassem, enfatizando que “Israel” não interfere nas relações do movimento com o Exército e o povo libanês. Em relação às pessoas deslocadas durante a guerra, expressou sua gratidão pelos sacrifícios feitos por elas e agradeceu às comunidades que as acolheram, classificando essas ações como um exemplo de cidadania exemplar no Líbano.

Ele mencionou que o Hesbolá está empenhado em aliviar o sofrimento dos deslocados, fornecendo assistência material por meio de comitês voluntários, apesar das circunstâncias difíceis. Além disso, reiterou o compromisso do movimento com a reconstrução, destacando a campanha intitulada “Promessa e Compromisso”, liderada por Sayyed Nasseralá.

Sobre a recente escalada de tensões na Síria, Qassem afirmou que as agressões são fomentadas pelos Estados Unidos e por “Israel”, em resposta à incapacidade desses países de alcançar seus objetivos na Palestina e em Gaza. Ele prometeu que o Hesbolá permanecerá ao lado da Síria para frustrar os objetivos dessa agressão, reiterando o compromisso dos revolucionários árabes com o povo irmão palestino. “O objetivo dos grupos terroristas é desviar a Síria de sua posição ao lado da Resistência, conduzindo-a a uma postura que beneficie a ocupação israelense”, alertou.

Qassem também enviou uma mensagem aos Estados árabes, destacando que qualquer vitória de “Israel” representa uma derrota para toda a região. “Saibam que cada vitória para ‘Israel’ é uma perda não apenas para a Palestina, a Síria e o Líbano, mas também para seus próprios países, com consequências graves para toda a região”, afirmou.

O Secretário-Geral alertou sobre “um projeto israelense muito perigoso contra o Oriente Médio”, enfatizando que a unidade entre os países da região e o fortalecimento da Resistência são essenciais para enfrentar essa ameaça e proteger a soberania e os interesses do mundo árabe. Com uma retórica firme, o xeque Qassem reiterou que o Hesbolá continuará comprometido com sua missão de resistir às forças que tentam submeter a região, seja por meio de ocupações, sanções ou apoio a grupos mercenários pagos pelo imperialismo.

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