Todas as honras e glórias ao glorioso. O Botafogo, um dos mais tradicionais clubes de futebol do país, que já revelou um sem número de jogadores que estão com o nome inscrito no panteão dos grandes craques nacionais (Nilton Santos, Garrincha, Paulo César, Jairzinho e muitos outros) levou para sua sala de troféus a taça que lhe faltava, a de campeão da Libertadores, o mais cobiçado título das Américas. Dos clubes cariocas, o time da “estrela solitária” era o único que ainda não havia conquistado a cobiçada taça das Américas, uma das competições mais longas e difíceis do calendário esportivo mundial.
A final deste ano – cuja final foi disputada na capital portenha, Buenos Aires – se deu entre dois times brasileiros, Botafogo (RJ) x Atlético Mineiro (MG), confirmando, mais uma vez, a superioridade do futebol do Brasil diante dos demais clubes de todo o continente latino-americano, que praticam o melhor futebol do Mundo, a despeito de muitos acreditarem que essa condição pertence ao burocrático futebol europeu, exaltado pela imprensa capitalista internacional, supostamente, como o melhor do planeta.
Vale destacar que as seis últimas conquistas da mais importante competição do continente ficaram no Brasil, títulos conquistados por times do Rio de Janeiro e São Paulo (Flamengo e Palmeiras, duas vezes; Fluminense, uma vez e agora o “Fogão”).
Muitos vêm atribuindo à espetacular campanha do alvinegro carioca – Libertadores e “Brasileirão” -,(o Botafogo pode conquistar, no domingo, dia 8, o título de campeão da Série A, dependendo apenas de si mesmo para levantar seu segundo título nacional) o fato da equipe haver adotado o modelo SAF que administra o clube. Não há uma só gota de verdade nisso. O êxito da equipe carioca nas competições ao longo do ano se deve à qualidade, ao alto nível dos jogadores brasileiros que compõem o elenco e não a qualquer fórmula ou esquema sustentado na tese de que o modelo de “administração eficiente”, trazido pela SAF, vem sendo o fator decisivo na vitoriosa campanha alvinegra. Como exemplo, dois times que adotaram o modelo de gestão “clube-empresa” (SAF), que disputam a Série A do campeonato nacional (Atlético-GO e Cuiabá-MT) já estão rebaixados para a segunda divisão do próximo ano. Dois outros clubes que também são administrados pelo modelo SAF também se encontram ameaçados de rebaixamento, Atlético-MG e Red Bull Bragantino-SP
A SAF – assim como outros estratagemas – nada mais é do que um dos muitos artifícios montados atualmente pelo grande capital para se apropriar de nichos lucrativos, como o futebol, na perspectiva de pelo menos minimizar a crise na qual está imerso o capitalismo mundial, incapaz de satisfazer até mesmo as mínimas e mais elementares necessidades e demandas reclamadas pelo conjunto da humanidade.