Na quinta-feira (28), o Chade celebrou a independência do país, foi declarada feriado em todo o território. O Chade obteve sua autonomia dentro da Comunidade Francesa em 28 de novembro de 1958, alcançando a independência em 11 de agosto de 1960.
“Que a celebração deste dia histórico contribua para promover as conquistas da independência, democracia e liberdade, mas também para consolidar a unidade nacional, a paz social e a solidariedade entre os chadianos“, parabenizou o presidente do Chade, Mahamat Idriss Deby.
No mesmo dia foi declarado pelo Ministério das Relações Exteriores que o Chade encerra acordo de cooperação em defesa com a França. O cancelamento dos acordos de defesa e segurança com a França confirma a soberania nacional, segundo comunicado oficial.
Youssouf Adam Abdallah, um especialista chadiano em segurança internacional, defesa e cooperação africana, afirmou que o país deve adentra a Aliança dos Estados do Sael.
Ele observou que a força militar conjunta para combater grupos armados pró-imperialistas, criada pelo grupo, poderia ajudar ainda mais o Chade a resolver conflitos regionais.
Considerando que o Chade já é membro de várias outras confederações de segurança com Mali, Níger e Burquina, “é, portanto, do interesse do Chade e do povo chadiano que o Chade se junte à Força da AES”, declarou o especialista.
Ao mesmo tempo, o analista defendeu a retirada do Chade da Força-Tarefa Conjunta Multinacional (FTCM), sediada em N’Djamena, afirmando que a organização, composta por Nigéria, Camarões, Níger, Benin e Chade, “não é eficaz porque a seita Boko Haram é procurada e mantida por outras potências em cumplicidade com estados africanos para objetivos ocultos.” O especialista destacou que alguns membros da FTCM “estão jogando em um duplo jogo”.