A independência do Iêmen do Sul foi resultado de uma grande luta contra os britâncicos na Península Arábica. A região, que abrigava o importante porto de Adem e uma série de sultanatos e emirados estava sob o controle britânico desde o século XIX. O governo do norte já havia sido derrubado pelos militares nacionalistas em 1962, mas as muitas divisões do país levaram ao separamento em 1967.
O sul do Iêmen tornou-se estratégico para os britânicos em 1839, quando o porto de Adem foi ocupado para servir como ponto de apoio às rotas marítimas para a Índia. A influência britânica foi consolidada com a criação do Protetorado de Adem e da Federação da Arábia do Sul, formada por estados locais sob forte tutela colonial.
A resistência contra o domínio britânico intensificou-se após a Segunda Guerra Mundial, com o surgimento de movimentos nacionalistas inspirados pela onda anticolonial que varria o mundo árabe. Dois grupos principais emergiram: a Frente de Libertação Nacional (FLN) e a Frente para a Libertação do Iêmen do Sul Ocupado. Ambos tinham como objetivo expulsar os britânicos, mas divergiam em suas visões ideológicas. A FLN, de orientação marxista, tornou-se a força dominante no conflito.
Em 1963, a luta armada começou formalmente, marcando o início da Revolução de Adem. Ataques a bases militares britânicas e protestos urbanos mobilizaram a população, enquanto a repressão colonial tentava sufocar o movimento. A guerra no vizinho Iêmen do Norte, onde forças republicanas lutavam contra monarquistas apoiados pela Arábia Saudita e pelo Reino Unido, também influenciou a guerra.
Em 1967, a FLN conseguiu consolidar sua posição, superando a FLISO em influência e assumindo o controle do processo de independência. Após negociações, as forças britânicas deixaram o território, e o Estado independente da República Popular do Iêmen do Sul foi proclamado em 30 de novembro de 1967.
O novo governo, liderado pela FLN, se aproximou da União Soviética. Em 1970, renomeou o país como República Democrática Popular do Iêmen. O Iêmen do Sul tornou-se o único estado socialista no mundo árabe, implementando reformas radicais, como a nacionalização de terras e indústrias.