Embaixador de “Israel” no Brasil, Daniel Zonshine concedeu uma entrevista ao Estado de S. Paulo durante sua participação na convenção nacional da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), realizada no Hilton Morumbi, em São Paulo, nos últimos dias 23 e 24. Na entrevista, Zonshine abordou temas relacionados à política imperialista, o genocídio em curso nos territórios palestinos e também a atual situação diplomática entre o país artificial e o Brasil, destacando que as relações estão bloqueadas desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma comparação entre a atuação da ditadura sionista na Faixa de Gaza e a ditadura nazista, em fevereiro deste ano. Com a bola levantada pelo repórter do Estadão em um questionamento sobre supostos casos de antissemitismo no País, o diplomata entregou a natureza criminosa de suas atividades em solo nacional:
“Nós vemos um aumento nos casos de antissemitismo no mundo inteiro, incluindo aqui no Brasil. Israel em parceria com as comunidades judaicas está tentando monitorar este aumento de casos e combater com medidas educacionais e de segurança (grifo nosso).
Estamos sempre em contato com as autoridades brasileiras. Além disso, temos uma grande coordenação com a Confederação Israelita do Brasil (Conib) e buscamos que todos os Estados brasileiros adotem a definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto. Até agora 11 Estados brasileiros adotaram a definição e esperamos que mais Estados adotem a medida. Esperamos que o governo federal também adote esta definição (grifos nossos).”
As declarações de Zonshine – representante oficial de “Israel” no Brasil, não devemos esquecer – não apenas revelam a arrogância de um governo estrangeiro em tentar impor sua política sobre a soberania nacional, mas também denunciam uma intervenção explícita e criminosa nos assuntos internos do País. Ao afirmar que “Israel” está “monitorando” o debate político brasileiro e as opiniões da população, o diplomata israelense ultrapassa todos os limites da diplomacia, desrespeitando o direito do povo brasileiro de discutir o que quiser em sua própria nação, sem ingerências externas.
Sua tentativa de classificar como “antissemitismo” qualquer opinião favorável à Palestina, ao mesmo tempo em que prega a criminalização de tais manifestações, é um ataque frontal à liberdade de expressão e uma clara tentativa de estender os tentáculos da ditadura sionista ao Brasil. Zonshine, ao fazer campanha para que os Estados brasileiros adotem a definição de “antissemitismo” que interessa aos sionistas, revela ser ele próprio, a embaixada de seu país artificial e a CONIB, conspiradores dedicados a atacar as liberdades democráticas do povo brasileiro. Trata-se de uma violação escancarada da soberania brasileira e uma verdadeira imposição de uma política de outro Estado, o que é inaceitável e criminoso.
No segundo ponto de sua entrevista, Zonshine revela a natureza nefastamente conspiratória da CONIB, entidade que tem se comportado como um braço de pressão do lobby sionista no Brasil. A atuação dessa organização, segundo as palavras do próprio diplomata, visa pressionar e chantagear governos estaduais, e também, conspirar contra o governo federal, com a clara intenção de manipular as decisões políticas do Brasil em favor dos interesses de “Israel”.
Essas declarações de Zonshine não devem ser tratadas com complacência. O agente sionista é praticamente um réu confesso de um crime contra o Brasil e como tal deve ser tratado.
Ainda, as colocações publicadas pelo Estadão escancaram a razão pela qual o governo Lula deve romper imediatamente todas as relações com “Israel”, em todos os campos onde existam, diplomáticas, econômicas, acadêmicas, etc. A ingerência explícita nas questões internas do Brasil, aliada à pressão aberta para manipular a política nacional em favor da ditadura sionista, torna evidente que qualquer tipo de vínculo diplomático, econômico ou acadêmico com esse Estado artificial é um risco à soberania brasileira.
Não há justificativa para manter relações com um governo que não apenas promove o genocídio contra o povo palestino, mas também conspira abertamente contra as liberdades e a autonomia de outras nações. O rompimento, porém, não pode se limitar às relações entre os governos.
É imperativo que organizações como a CONIB, Stand With Us e outras ONGs associadas ao lobby sionista sejam colocadas sob investigação rigorosa. Essas entidades atuam como verdadeiros braços de pressão estrangeira, utilizando-se do pretexto de “combater o antissemitismo” para impor a política sionista no Brasil, influindo inclusive na repressão política, sendo uma ameaça ao povo brasileiro.
Elas conspiram contra o governo federal, chantageiam autoridades estaduais e disseminam uma política de criminalização das manifestações pró-Palestina, atacando diretamente a liberdade de expressão e os direitos democráticos do povo brasileiro. Manter qualquer relação com “Israel” é, na prática, legitimar sua política genocida e permitir que seus interesses avancem sobre o território nacional.
A soberania do Brasil não pode ser refém de alianças com um regime que usa a diplomacia como fachada para chantagens e manipulações. Encerrar esses laços e investigar os agentes do lobby sionista no País são passos fundamentais para proteger a independência nacional e reafirmar o direito do povo brasileiro de decidir seu destino sem interferências externas.