No dia 25 de novembro, os professores da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram pela greve por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato há cerca de 2 mil docentes na rede.
O motivo principal da greve é o pedido de arquivamento do Projeto de Lei Complementar 186/2024, enviado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) à Câmara Municipal.
O projeto visa destruir as regras antigas e restabelecer novas regras para o Plano de Cargos e Salários para os profissionais da educação. Essa proposta ataca diversos direitos dos servidores: como férias, licença especial, os professores ministrem mais aulas e perdem o planejamento.
É bom lembrar os salários dos professores brasileiros estão entre os mais baixos do mundo. Diversas vezes foi divulgado um estudo apontando que os vencimentos dos docentes dos anos finais do ensino fundamental no Brasil tinham o menor valor entre os 40 países analisados no relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“O último relatório Education at a Glance 2024 mantém o Brasil entre os países com a pior remuneração média anual de professores na educação básica (U$ 23.018,00), quase a metade da remuneração média dos professores da OCDE (U$ 43.058,00). Em comparação com a Alemanha (U$ 85.731,98), o salário do(a) professor(a) brasileiro(a) é quase quatro vezes menor”.
A situação é cada vez pior devido à política neoliberal tem que paulatinamente ao longo dos anos com ataques as carreiras e as condições de trabalho. Por isso, se faz urgente uma ampla mobilização de todos os professores através da CNTE.
O caminho e a greve e a mobilização dos amplos setores, como estudantes e a comunidade escolar. Todo apoio aos professores do Rio de Janeiro.