Os professores das escolas municipais do Rio de Janeiro iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (25), após decisão unânime em assembleia realizada no Centro do Rio. A paralisação foi motivada pelo Projeto de Lei Complementar (PLC) 186/2024, que amplia a carga horária dos professores, altera regras sobre férias e licenças, e revoga a Lei 8666/2024, estendendo contratos temporários na rede municipal. O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) declarou que a greve continuará até que o prefeito Eduardo Paes recue.
Após a assembleia os professores saíram em passeata até a prefeitura. A PM fascista atacou o protesto. Os professores denunciaram a repressão policial com bombas de baixa letalidade e esprei de pimenta. Um professor foi detido por protestar na rua, mas liberado horas depois. O vereador William Siri relatou nas redes sociais que também foi atingido por uma bomba ao tentar auxiliar uma educadora.
O Sepe informou que uma nova assembleia foi marcada para a próxima sexta-feira (29) para discutir os rumos da paralisação. A Prefeitura do Rio e a Secretaria Municipal de Educação ainda não se pronunciaram sobre as reivindicações dos servidores.
O movimento dos professores contra a ditadura de Paes é totalmente legitimo e deve ser apoiado por todos os trabalhadores e estudantes do Rio de Janeiro. A repressão da PM fascista deve ser denunciada.
Importante destacar também que os professores, que já estavam mobilizados, se fizeram presentes no grande ato em defesa da Palestina no dia 18 de novembro em frente ao G20 na Praça da Cinelândia.