Segundo a conta da Al Jazeera no X, neste domingo (24) foi ferido Hussam Abu Saifa, diretor do hospital Kamal Aduan, o principal e parcialmente funcional hospital no norte de Gaza. O ataque veio de quadricóptero sionista, que danificou ainda mais as instalações, geradores, depósito de combustível e a principal estação de oxigênio.
Abu Saifa disse que foi ferido enquanto estava em seu local de trabalho e que para ele isso é uma honra, e completou “meu sangue não é mais valioso do que o sangue dos outros”. E afirmou que as bombas dos sionistas não vão deter a missão humanitária e que seguirão tratando das pessoas, mesmo que isso custe suas vidas.
Conivência imperialista
Desde sempre os sionistas bombardeiam instalações, atiram em ambulâncias, assassinam pessoal médico, impedem a entrada de medicamentos, combustíveis, mas o imperialismo continua a mandar dinheiro e armas para esse crime continuado.
Não existe desculpa, e ninguém acredita mais, nas mentiras sobre escudos humanos e túneis sob hospitais. Os sionistas agem livremente, principalmente com o acobertamento da grande imprensa.
Requinte de crueldade
Os sionistas atacaram o hospital, mais uma vez, não por acaso. No dia 21 de novembro, “Israel” bombardeou o hospital, ferindo sua equipe médica e deixando alguns em estado crítico. Além de destruir tanques de água, geradores. Isso menos de um dia após um massacre cometido em um bloco residencial nas proximidades do hospital, matando 66 pessoas e deixando outras 100 feridas.
A crueldade é óbvia, pois os sionistas sabiam que a procura no hospital, logo após o massacre, seria muito maior. No momento do último ataque, pelo menos 200 pessoas estavam no hospital procurando ajuda ou sendo tratadas.
Segundo Abu Saifa “O que está acontecendo é um crime de guerra contra o sistema de saúde. Pela sétima vez consecutiva, o Hospital Kamal Aduan está sendo bombardeado”.
Método
O que se vê na ação dos sionistas é um método. Ainda que tenham utilizado desculpas como de o Hamas utilizar escudos humanos etc., este é um padrão que se repete também no Líbano. Recentemente, saiu na imprensa que os libaneses estariam utilizando o aeroporto de Beirute para armazenar armas, o que serviria como pretexto para atacar o aeroporto.
As heranças culturais libanesa, bem com a da Palestina, são sistematicamente atacadas, com a destruição de prédios históricos, universidades, monumentos. Nem mesmo cemitérios são poupados. O modus operandi sionista pode facilmente ser equiparado ao nazismo, ainda que quem o faça seja acusado de antissemitismo. No entanto, a acusação de fascismo contra os sionistas parte mesmo de dentro da comunidade judaica e daqueles cujos antepassados sobreviveram ao Holocausto.
Eixo da Resistência
Os sionistas agem covardemente contra alvos civis também porque não conseguem avanços militares contra a resistência. Em Gaza não conseguem seus objetivos até por falta de soldados, quando as tropas colonialistas se retiram, rapidamente os palestinos reassumem os locais.
No Líbano a situação não é diferente. Apesar de mobilizar 50 mil homens, os sionistas não conseguem conquistar uma única aldeia sequer, o que já está sendo noticiado na própria imprensa israelense.
A despeito da propaganda de invencibilidade das forças armadas sionistas, o que se vê é uma deterioração contínua desse Estado artificial, que recebeu um golpe de morte desdo da operação Dilúvio de Al-Aqsa, levada adiante pela Resistência, composta de diversos grupos e especialmente pelo Hamas.