Poucas horas antes do encerramento da Conferência do Clima, a CO29, em Baku, no Azerbaijão, diversos órgão da imprensa internacional assinalavam que “na melhor das hipóteses, a cúpula do clima produzirá um acordo muito ruim em relação ao financiamento. Na pior, terminará em fracasso total nesse quesito“.
A declaração final confirmou as duas hipóteses: um acordo ruim e um fracasso total.
Na questão tida como fundamental, a do financiamento climático, foi estabelecido um valor hipotético de 300 bilhões de dólares ao ano até 2035, que é tido como totalmente insuficiente para suprir minimamente as demandas de países oprimidos que são as maiores vítimas da politica predatória dos grandes monopólios.
Demagogia e novas promessas
Segundo foi apontado por analistas do setor, a declaração não atende às demandas dos países que não têm como financiar seus planos climáticos e não define que grupo de países é obrigado a contribuir. Ou seja, é uma pífia declaração de intenções que não vai levar a lugar nenhum. Servindo apenas para ser usada em discursos demagógicos e na pressão que poderosos lobbies e ONG’s (muito dos mais financiados pelos maiores predadores do planeta) fazem em nome do “caos climático” contra políticas de desenvolvimento dos países mais pobres, como no caso evidente da oposição do imperialismo e dos seus “ambientalistas de estimação” contra a exploração do petróleo da margem equatorial do Brasil; campanha que não existe contra a exploração pelo norte-americana Exxon do petróleo na costa da Guiana, dentre outros lugares.
Na realidade, a Conferência é uma farsa. Os países ricos, do G7 , representantes dos grandes monopólios capitalistas do Mundo, e responsáveis diretos por toda a política brutal de degradação das condições de vida de bilhões de pessoas, incluindo o aumento da fome, as guerras com centenas de milhares de mortos, a explosão de toneladas de pessoas para exterminar a vida de milhares de crianças, mulheres, etc. realizam discursos inflamados sobre compromissos em preservar o planeta, fazem novas juras de cuidados ambientais, ao mesmo tempo em que continuam ameaçado levar o mudo à uma devastação jamais vista, com a cumplicidade de políticos e “ativistas” que buscam disseminar a ilusão de que é possível um acordo com estes genocidas em favor da humanidade.
A declaração “aumenta” o valor prometido de 100 para 300 bilhões, mas – como é reconhecido por inúmeros analistas – reduz a responsabilidade dos países desenvolvidos afirmando apenas que eles devem “liderar” esse financiamento. Sequer deixar claro qual o percentual das centenas de bilhões de dólares prometidos deve vir de doações ou de financiamento, o que novamente levanta preocupação sobre o endividamento dos países oprimidos. Ou seja, boa parte da conta, no final vai ficar para os países mais pobres.
Deixando claro que não estão nem aí, representantes da União Europeia reclamaram que o valor é muito alto; cobraram maiores aportes de países como a China e dos estados produtores de petróleo. O fracasso da COP29, não chega a ser uma novidade, e escancara uma vez mais que encontros como as Conferências do Clima são organizados para fracassar ou anunciar supostos avanços que nunca se concretizam na prática.
Ilusões renovadas para a COP30
No meio desse fracasso, as ilusões são renovadas, pelos que dependem dela para defender suas carreiras politicas e continuar disseminando a crença ilusória de que “outro mundo é possível” por meio de uma conciliação permanente com os abutres imperialistas.
No final da fracassada COP29, no último dia 23, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, assumiu a presidência designada da COP30, fazendo um “discurso marcado por responsabilidade e esperança, ela destacou a importância histórica da realização do evento em Belém, no Pará, em 2025, no coração da Amazônia“.
A representante dos interesses de George Soros e outros especuladores no Brasil discursou afirmando ser “com grande senso de responsabilidade e cientes do enorme desafio coletivo que nos está sendo entregue, que o Brasil recebe do Azerbaijão a presidência designada da Conferência das Partes”. Ela também afirmou que a realização da COP30 em Belém será um momento crucial para impulsionar a cooperação global frente à crise climática.
Segundo divulgou-se, o evento contará com investimentos de quase R$ 5 bilhões para infraestrutura, o que mostra que será (como já vem ocorrendo) um centro de pressão contra o desenvolvimento do Brasil e palco de uma nova jornada de promessas dos chefes imperialistas, em nada dispostos a reverter a situação atual.
Perigo!
A ministra Marina Silva também apontou para os supostos desafios que o Brasil enfrentará na realização do evento, assinalando que a COP30 será “uma oportunidade simbólica para conectar o mundo ao território amazônico”. Dante do que é possível prever toda uma nova ofensiva do imperialismo sobre a imensa riqueza da Amazônia Legal apresenta uma área de 5.015.146,008 km2, correspondendo a cerca de 58,93% do território brasileiro ou diretamente da Floresta Amazônica, a maior floresta tropical do mundo, que ocupa atualmente 40% do território da América do Sul; e onde estão algumas das maiores riquezas minerais e naturas do mundo, como as gigantescas reservas certificadas de petróleo da Venezuela, as maiores e melhores do mundo, bem como esta e outras riquezas no território brasileiro.
Os abutres vêm aí!
É preciso abrir os olhos e preparar uma grande mobilização nacional conta eles.