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Europa

Ucrânia ataca Rússia com mísseis britânicos

Governo de Vladimir Putin reagiu empregando, pela primeira vez, seu míssil balístico hipersônico "Oreshnik"

Na última semana, a Ucrânia realizou ataques com mísseis de longo alcance Storm Shadow, fornecidos pelo Reino Unido, contra a região de Kursk, no território russo. A informação foi divulgada pela emissora britânica BBC, que relatou que fragmentos dos mísseis foram encontrados e analisados por especialistas. Apesar disso, a localização exata e o momento do ataque não puderam ser verificadas de forma independente.

O Secretário de Defesa britânico, John Healey, teria conversado com autoridades ucranianas na noite anterior ao ataque, segundo informações obtidas pela BBC. Ele afirmou ao parlamento que o Reino Unido estava “intensificando” o apoio a Kiev e que “as ações da Ucrânia no campo de batalha falam por si”. Apesar da cautela pública do governo britânico, há indícios claros de que Londres aprovou o uso desses armamentos em território russo. Healey havia anunciado previamente que o Reino Unido estava “dobrando” sua assistência militar à Ucrânia.

Segundo relatos, até 12 mísseis Storm Shadow teriam sido disparados contra a região de Kursk, mas o Ministério da Defesa russo alegou que todos foram interceptados pelas defesas aéreas.

Como resposta direta à intensificação dos ataques ucranianos com armamentos imperialistas, a Rússia empregou pela primeira vez seu míssil balístico hipersônico “Oreshnik” em um ataque a uma instalação militar na cidade de Dnepropetrovsk. Este armamento de última geração é capaz de atingir velocidades de até Mach 10 (aproximadamente 12.000 km/h), tornando-se quase impossível de ser interceptado por sistemas de defesa antimísseis disponíveis atualmente.

Vladimir Putin afirmou que o uso do Oreshnik representa uma “resposta estratégica” à entrega de mísseis de longo alcance à Ucrânia por países como o Reino Unido e os Estados Unidos. O alvo do ataque foi uma grande instalação industrial de defesa, descrita por Moscou como um dos principais centros de produção de tecnologia de foguetes na Ucrânia.

Putin também usou o episódio para criticar o desmantelamento do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) pelos Estados Unidos em 2019. Segundo ele, o míssil hipersônico simboliza a resposta russa à expansão militar da OTAN na Europa e na Ásia-Pacífico. Ele enfatizou que a Rússia “não iniciará, mas sempre responderá” a ações hostis, sugerindo que Moscou pode reconsiderar sua política de não implementar mísseis de médio e curto alcance em territórios estratégicos.

Ainda no que diz respeito à escalada militar, o governo Biden decidiu enviar minas terrestres antipessoais à Ucrânia. Esses armamentos foram descritos como “não persistentes”, desativando-se automaticamente algumas semanas após o uso para reduzir os riscos a longo prazo. A justificativa do governo Biden é que essas armas ajudarão Kiev a conter os avanços russos em regiões estratégicas.

A decisão gerou críticas devido ao caráter cruel desse tipo de armamento, principalmente quando utilizado em áreas densamente povoadas. Além disso, a Ucrânia aderiu anteriormente ao Tratado de Ottawa, que proíbe o uso de minas terrestres antipessoais.

Essa política entra em contradição com declarações anteriores de Biden, que, em 2020, criticou o então presidente Donald Trump por permitir o uso dessas armas, classificando a medida como “imprudente”. O governo Biden parece ter esquecido isso, priorizando o fornecimento de ferramentas que possam “dar à Ucrânia uma vantagem estratégica” no conflito.

A entrega de armas como os mísseis Storm Shadow e ATACMS, combinada com o envio de minas antipessoais e munições cluster, mostra que o imperialismo está disposto a escalar o conflito até as últimas consequências. A utilização do míssil hipersônico Oreshnik pela Rússia deve ser entendida nesse sentido. Não é apenas uma demonstração de poderio militar, mas uma resposta à agressão do imperialismo.

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