O futebol brasileiro, assim como no mundo inteiro, é dominado pelos grandes capitalistas. Eles são uma afronte ao futebol arte, ao futebol que foi criado pelos trabalhadores brasileiros. Até mesmo os próprios clubes financiados por essas grandes empresas sofrem com isso. No Brasil há o caso das SAFs, sendo a mais importante atualmente o Botafogo, e há casos como o do Palmeiras, que é controlado por uma banqueira, Leila Pereira da Crefisa. No caso dela, a imprensa burguesa tenta apresentar a banqueira como uma feminista empreendedora, algo absurdo.
O jornal Lance entrevistou a banqueira que afirmou: “nas minhas empresas, as mulheres sempre tiveram as mesmas oportunidades. Lá a maioria é mulher em cargo de chefia, em cargo de gestão. A diretoria jurídica é mulher, a diretora de tecnologia é mulher, a de marketing é mulher. Tem diretoras em todas as áreas. Na minha vida corporativa, isso sempre foi normal, mas no futebol não é normal. Eu sendo uma dirigente mulher, eu luto aqui no Palmeiras hoje é pelas mesmas oportunidades para homens e mulheres”.
Como qualquer banqueiro, ela não luta por nada além de seu próprio lucro. É um caso clássico do identitarismo. Os banqueiros que destroem tudo que encostam, inclusive o futebol, querem se apresentar como libertadores dos negros e das mulheres.
Ela depois se faz de vítima: “pegam palavras soltas extremamente preconceituosas, que eu não tenho dúvida que se eu não fosse mulher, não falariam. Por exemplo, ficam me chamando muito de ‘blogueira’”, como se um banqueiro pudesse ser vítima de pessoas nas redes sociais.
Tudo isso é uma campanha para melhorar a imagem da banqueira que está muito visada, pois sua interferência do Campeonato Brasileiro ficou escancarada nos últimos anos. Mas ela não é o único problema. John Textor do Botafogo também é, assim como as Bets.
Enquanto o futebol sofrer interferência desses grandes empresários, ele deixa de ser uma arte independente, deixa de ser aquele patrimônio da classe operária brasileira, criado pelos grandes mestres como o Rei Pelé.