Trabalhadores na Grécia paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (20) como parte de uma greve geral de 24 horas que interrompeu o transporte marítimo, fechou escolas e suspendeu obras de construção em todo o país.
Os sindicatos convocaram a greve em protesto contra o alto custo de vida. Representantes do setor público estão exigindo um aumento salarial de 10% e o retorno do 13º e 14º salários, cortados durante a crise financeira de quase uma década que atingiu a Grécia a partir de 2010.
“Os preços e aluguéis dispararam, enquanto os salários estão baixos“, dizia o cartaz da greve do GSEE, o maior sindicato do setor privado da Grécia.
O metrô de Atenas foi suspenso por várias horas, enquanto as balsas que conectam as ilhas ao continente ficaram atracadas nos portos.
Escolas, creches e repartições públicas permaneceram completamente fechadas, e hospitais públicos operaram apenas com serviços de emergência. Protestos foram planejados para mais tarde no dia.
Jornalistas de veículos de imprensa grega realizaram sua própria greve de 24 horas na terça-feira (19), tirando todas as transmissões de notícias do ar para cobrir a ação nacional desta quarta-feira (20).
Enquanto isso, supermercados, quiosques e bares permaneceram abertos, e a maioria dos trabalhadores autônomos, como taxistas, continuou a trabalhar normalmente.
Os sindicatos acusam o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis de não enfrentar a inflação e de implementar políticas habitacionais que prejudicaram os padrões de vida dos trabalhadores.
O governo de Mitsotakis aumentou o salário mínimo bruto mensal quatro vezes desde que assumiu o poder em 2019, chegando a €830 (US$875) por mês. Ele prometeu aumentá-lo ainda mais para €950 até 2027, muito menos do que a inflação.