Conforme noticiado pelo jornal libanês Al-Akhbar, nesta terça-feira (19), a decisão tomada em conjunto pela Síria e Rússia deu-se em razão de “Israel” ter retomado a construção um “muro de separação” perto da cidade ocupada de Majdal Shams, uma violação de um cessar-fogo de 50 anos, o que foi reconhecido mesmo pela ONU, entidade imperialista. No mesmo sentido, colunista do órgão de imprensa The Cradle informou que “todas as ações israelenses no Golã, incluindo a imposição da cidadania israelense, expansões de assentamentos e tentativas de violar a zona de retirada para construir um muro de separação, ainda são hoje consideradas violações flagrantes do direito internacional”.
A natureza belicosa da construção de referido muro foi expressa recentemente por Avigdor Lieberman, parlamentar israelense e ex-ministro da Defesa, que ameaçou a tomada de parte do território sírio: “se a Síria continuar a ser usada como base logística para nossos inimigos, simplesmente tomaremos a parte síria do Monte Hermon e não a entregaremos até novo aviso.”
Conforme relata o Al-Akhbar “as forças russas estão realizando monitoramento aéreo e terrestre para aumentar a segurança, apoiar o retorno dos moradores deslocados e manter a estabilidade”. Durante mais de 10 anos de uma guerra civil impulsionada pelo imperialismo para derrubar o governo nacionalista de Bashar al-Assad, a Rússia, junto com o Irã, auxiliou a Síria a derrotar milícias impulsionadas pelo imperialismo e “Israel”. Embora parte do território sírio continue sendo controle por certas milícias, esse controle é cada vez menor.
Diante da intensificação de ataques israelenses contra a Síria, da aliança da Ucrânia com milícias pró-imperialistas, e da já citada construção de um muro perto Majdal Shams, o reforço enviado pela Rússia concentra-se em postos localizados na zona rural das províncias de Daraa e Quneitra, perto das Colinas de Golã ocupadas por Israel, com a finalidade “prevenir potenciais escaladas israelenses”.