Uma pesquisa do Sebrae, com base na PNADC, aponta que entre 2019 e 2023, o rendimento das mulheres “empreendedoras” cresceu 5,7%, frente a 4,5% dos homens, reduzindo a diferença de rendimento de 32% para 30%. Ainda assim, a desigualdade persiste: no último trimestre de 2023, homens receberam em média R$ 3.432, enquanto as mulheres ficaram com R$ 2.634, cerca de R$ 800 a menos.
O estudo fez um destaque para o chamado empreendedorismo. Revelou as dificuldades para as “empreendedoras”, trabalhadoras sem direitos trabalhistas, como taxas de juros 4% superiores às cobradas de homens.
A pesquisa também destacou mudanças no rendimento médio real, com queda de 8,1% para empresários com ensino superior, enquanto aumentos foram registrados entre “empreendedores” com menor nível de escolaridade. Apesar disso, os com formação universitária ainda ganham 6,1 vezes mais que aqueles sem instrução.
É preciso denunciar que todo a pesquisa é uma farsa. Não existem “empreendedoras” que tem renda de menos de 3 mil reais, o mesmo vale para os homens. São trabalhadores sem seus direitos trabalhistas. A única revelação do estudo é que a mulher nesse regime de trabalho é ainda mais oprimida que dentro da CLT.
A luta das trabalhadores e dos trabalhadores em geral deve ser pelo pleno emprego e pelos direitos trabalhistas para todos.