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Brasil

Rui Costa Pimenta fala sobre ‘tentativa de matar Lula’

A suposta operação dos "Kids Pretos" para matar "Jeca" e "Joca" e prender Alexandre de Moraes pode aumentar a repressão judicial e ampliar as leis "antiterrorismo"

Toda a imprensa golpista e setores da esquerda entraram em polvorosa nos últimos dias em relação a um suposto plano de militares da ativa e reserva para matar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Eles (o grupo) eram conhecidos como “kids pretos”, por usarem um gorro preto em operações especiais. Um é policial federal.

O ministro do STF, Moraes, determinou a prisão preventiva de cinco militares que teriam planejado ação. O policial federal Wladimir Matos Soares; o general de brigada Mário Fernandes (na reserva); o tenente-coronel Helio Ferreira Lima; o major Rodrigo Bezerra Azevedo; e o major Rafael Martins de Oliveira.

No total foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Goiás, no Amazonas e no Distrito Federal. Foram determinadas 15 medidas, como a proibição de contato entre os investigados, a entrega de passaportes em 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas.

Como está sendo descrito por muitas pessoas, este seria um golpe de Estado, porém como eles tomariam o poder não fica claro. O plano “golpista” tinha como objetivo evitar que o atual presidente tomasse posse, mas a trama toda é muito estranha, de acordo com informações da imprensa os planejadores usavam codinomes para Lula e Alckmin “Jeca” e “Joca”. A operação foi denominada pelos investigados de “Copa 2022”.

O general da reserva, Mário Fernandes, teria elaborado o planejamento operacional denominado “Punhal verde amarelo”, que marcava para o dia 15 de dezembro de 2022 o suposto homicídio de Lula e Alckmin. O documento elaborado pelo general continha tópicos relacionados à munição que seria utilizada, segundo as investigações.

“O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um ‘Gabinete Institucional de Gestão de Crise’, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”, segundo a Polícia Federal.

Toda essa história muito esquisita, de um golpe de Estado, sem participação da imprensa golpista, da CIA, de agentes do imperialismo, de tanques nas ruas, de manipulação das massas e assim por diante, parece ter um caminho da qual toda a burguesia é completamente a favor: o aumento da repressão judicial e militar contra toda a população. E como não podemos esquecer jamais, tudo no final das contas sempre cai sobre a cabeça da própria esquerda e da população oprimida.

Durante a Análise Política de Terça o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO) comentou o caso. Em sua análise, Pimenta destaca ser necessário a apresentação de mais documentos e provas desse suposto ataque aos chefes do Executivo seguido da prisão do ministro citado. Segundo o dirigente do PCO, toda essa questão abre precedentes para a ampliação da ditadura judicial que já fere de forma gravíssima os diretos de todos os cidadãos brasileiros. Sem contar que já se fala em alguns lugares sobre a ampliação das leis antiterrorismo.

“Essa política judicial é a política da burguesia; o PT só está seguindo. É o que o imperialismo fez nos EUA contra o Trump. É uma tentativa de conter o bolsonarismo por meios judiciais. Acho que não vai dar certo, não está dando certo, não deu certo nos EUA, não deu certo em outros lugares. Não está dando certo em lugar nenhum do mundo, mas o pessoal acha que vai dar certo.

Agora, em relação à denúncia propriamente dita, seria bom ver todas as provas e toda a documentação. Porque o que apareceu até agora é muito pouca coisa. Não dá para você adotar uma posição em relação a um fato que não aconteceu, que seria uma conspiração que nunca foi colocada em prática, sem conhecer todos os dados.

Acho que é possível que essa conspiração fosse para um golpe de Estado e isso teria que ser denunciado. Agora, não existe lei no Brasil que permita que você coloque gente na cadeia porque a pessoa estaria planejando alguma coisa.

Se fosse assim, imagina como ficaria o País. O cidadão seria preso porque conversou com outra pessoa que estava planejando assaltar uma loja. Ou a pessoa assalta, ou não assalta. Uma coisa é denunciar politicamente que esse pessoal é golpista. Outra coisa é você apresentar uma ação como golpe de Estado que, de fato, não é golpe de Estado”, afirmou o dirigente marxista.

 

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