A defesa da Palestina representa a luta daqueles que enfrentam, de armas em mãos, a opressão do sionismo e do imperialismo. No ato realizado no dia 18 de novembro, em frente ao G20 no Rio de Janeiro, essa foi a bandeira levantada pela mobilização.
Como já é tradição, a manifestação reafirmou o apoio à resistência armada dos povos palestino, libanês, iemenita, iraniano e de todas as nações do Oriente Médio. Um momento de grande destaque foi a homenagem aos mártires da revolução, incluindo Iahia Sinuar, Ismail Hanié, Qasem Soleimani e Hassan Nasseralará.
Esses líderes sacrificaram suas vidas para libertar seus países e o Oriente Médio do jugo imperialista. Foram assassinados pelo sionismo e pelo imperialismo e, assim, tornaram-se mártires da revolução. Qasem Soleimani, por exemplo, foi morto em 2020 pelos norte-americanos.
Já Sinuar, Hanié e Nasseralá foram assassinados em 2024, em meio à Revolução Palestina — uma luta que visa pôr fim ao Estado de “Israel”, à monstruosidade sionista fomentada pelo imperialismo. São mártires que servem de exemplo para todos os povos, que lutam por sua libertação e, por isso, foram reverenciados durante a mobilização.
No Brasil, a ausência de uma defesa clara da resistência palestina é uma das grandes fraquezas do movimento de esquerda. Desde o início, muitos setores ficaram acuados frente à pressão sionista, adotando uma postura tímida — até mesmo semelhante à do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que segue a linha de apoio indireto ao genocídio na Faixa de Gaza.
Apenas denunciar massacres ou genocídios não é suficiente. É necessário apoiar abertamente a resistência. Nesse sentido, a manifestação do dia 18 foi um marco internacional. Organizações de diversos países republicaram imagens dos mártires cujos estandartes foram erguidos na Praça da Cinelândia, destacando que o Brasil está, sim, ao lado da luta palestina.
Essa posição é de extrema importância, pois a defesa do povo palestino é uma causa internacional. O que ocorre em um país reverbera em todo o mundo. No Brasil, a defesa da resistência é feita de forma concreta e organizada, sobretudo pelo Partido da Causa Operária (PCO).
Isso contrasta com outros lugares, como os Estados Unidos e a Europa, onde a defesa da resistência existe, mas carece de organização. A postura do PCO serve de inspiração para que outras organizações de esquerda fora do Oriente Médio — onde o apoio à resistência é majoritário — sigam esse exemplo. Esse tipo de manifestação não apenas fortalece a luta no Brasil, mas contribui para o avanço da causa em escala global.
Por fim, é indispensável homenagear mais uma vez os mártires da resistência: Soleimani, Hanié, Sinuar e Nasseralá. Esses líderes são os grandes revolucionários do século XXI. Foram eles que enfrentaram e derrotaram o imperialismo em um de seus principais postos de dominação.
Demonstraram que é possível resistir e vencer o monstro imperialista. Suas mortes, longe de silenciar suas lutas, os elevaram à condição de mártires da revolução mundial. O mundo os saúda e seus exemplos permanecem vivos na luta pela libertação de todos os povos oprimidos.