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Cáucaso

Imperialismo promove golpes contra Rússia na Abecásia e Georgia

Enquanto ofensiva golpista contra a Geórgia é intensificada, com manifestantes erguendo barricadas, revolução colorida derruba presidente da Abecásia

Nesta terça-feira (19), forças policiais da Geórgia foram obrigadas a agir contra manifestação golpista em Tbilisi, capital do país. Conforme noticiado pela agência TASS, o mais recente protesto golpista teve início no domingo (17), tendo sido realizado em frente ao prédio do parlamento. A manifestação foi liderada por Membros da Coalizão pela Mudança, parte da oposição golpista. Um ônibus foi utilizado para bloquear a Avenida Chavchavadze, onde o prédio do parlamento está localizado. Após comício realizado pelos líderes golpistas, os manifestamente montaram acampamento na avenida, em frente à Universidade Estadual de Tbilisi, erguendo também barricadas feitas de sacos de lixo e sacos de materiais de construção, o mesmo modo de operação que se viu na Ucrânia em 2014, na praça Maidan, e em outros locais.

Diante da intensificação da ofensiva golpista, forças policias da Geórgia debelaram a concentração, desmanchando o acampamento e as barricadas. Segundo a TASS, uso de força foi necessário para expulsar os golpistas da Avenida Chavchavadze, e também da Avenida Melikishvili, para onde os manifestantes haviam se deslocado. Um total de 16 pessoas foram presas, três das quais liberadas sob fiança, conforme informado pelo Ministério do Interior. Após a dissolução do acampamento e das barricadas, o trânsito foi reestabelecido no local.

Os manifestantes golpistas, a grande maioria a serviço de ONGs financiadas pelo imperialismo norte-americano e europeu, vêm, desde o final de outubro e início de novembro, realizando protestos contra o governo da Geórgia e o partido Sonho Georgiano, em razão de sua vitória nas eleições parlamentares de 26 de outubro.

As manifestações, que fazem parte de revolução colorida arquitetada pelo imperialismo, tem por objetivo a derrubada do governo do Sonho Georgiano, que vem se distanciando dos EUA e da União Europeia, e estreitando seus laços com a Rússia. Autoridades governamentais e membros do partido já deixaram expressa sua posição de que não deixarão que a Geórgia seja transformada em uma nova Ucrânia, fazendo referência ao golpe de 2014 naquele país, que pavimentou o caminho para que o país fosse destruído pelo imperialismo, ao ser utilizado como bucha de canhão para agredir a Rússia.

A revolução colorida na Geórgia faz parte de ofensiva golpista mundial do imperialismo, que se prepara para uma guerra de grandes proporções contra Rússia, China e Irã, e, para isto, busca organizar o cenário internacional, disciplinando países estratégicos para seu objetivo.

Nesse sentido, na Abecásia, país que faz fronteira com o oeste da Geórgia, e com o sul da Rússia, o imperialismo conseguiu derrubar o presidente, após revolução colorida que se iniciou no dia 11 de novembro. Aslan Bzhania renunciou nesta terça-feira (19), após negociações entre o governo e a oposição que ocorreram na noite da segunda-feira (18). Segundo declaração do próprio, a renúncia ocorreu “para preservar a estabilidade e a ordem constitucional no país”. O parlamento aprovou a medida, com 28 deputados de um total de 31 votando a favor da renúncia.

O golpe se intensificou a partir do dia 15 de novembro, quando o parlamento iria votar pela ratificação ou rejeição de “acordo com a Rússia sobre projetos de investimento por entidades legais russas na república” conforme a TASS. No dia, a sessão foi cancelada pois o parlamento foi invadido pelos manifestantes, que o mantiveram ocupado até esta terça-feira, quando começaram a deixar o prédio após a derrubada do presidente.

Em entrevista sobre o ocorrido, concedida à Companhia Estatal de Televisão e Rádio da Abecázia (AGTRK), o Ministro da Justiça da República, Anri Bartsits, disse que o imperialismo financiou ONGs com a finalidade de desestabilizar o país: “Há quatro anos que falamos sobre o fato de os serviços de inteligência ocidentais financiarem certos representantes de organizações não-governamentais, sendo o objectivo deste financiamento desestabilizar o país, criar o caos, uma imagem negativa do nosso país na cena internacional.”

O presidente deposto, por sua vez, já havia declarado que os protestos eram uma tentativa de golpe. Eleito em 2020, anunciara após aquelas eleições planos para estabelecer relações mais próximas com a Rússia, segundo a TASS. Nesse sentido, conforme noticiado pela emissora Sputnik, Dimitri Peskov, porta-voz do governo russo, declarou nesta terça-feira (19) que “as relações bilaterais entre a Rússia e a Abecásia são uma prioridade muito importante da nossa política externa”, ao ser questionado sobre a situação no país vizinho

Com a derrubada do presidente da Abecásia, país vizinho da Geórgia, embora as forças governamentais estejam conseguindo manter a situação sob controle, desgastando os golpistas, a revolução colorida do imperialismo contra o governo do Sonho Georgiano não terminou e tende a se intensificar ainda mais.

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