Nesta segunda-feira, 18 de novembro, às 10h, a Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, será palco do maior ato nacional em defesa da Palestina já realizado no Brasil. O ato ocorrerá durante reunião da cúpula do G20, em que estarão reunidos chefes de Estado dos principais países imperialistas do mundo, que patrocinam o genocídio contra os palestinos.
O evento também deve ser a maior mobilização da esquerda brasileira em 2024, sendo fruto de uma campanha que engajou milhares de pessoas de norte a sul do País. Caravanas de diferentes regiões estão a caminho da capital fluminense para unir forças contra o genocídio perpetrado pelo Estado sionista de “Israel” e em apoio à revolução palestina.
A principal contingência de ônibus está saindo de São Paulo, palco principal da luta em defesa da Palestina desde a Operação Dilúvio de al-Aqsa, em 7 de outubro do ano passado. Além de manifestações frequentes na capital paulista, a cidade de São Paulo foi onde ocorreu a principal manifestação em defesa da Palestina até o momento, no dia 30 de junho.
O ato no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 18, deve ser ainda maior. Para se ter noção da amplitude, caravanas com índios Guarani Caiouá do Mato Grosso do Sul e militantes da luta pela terra, do Amapá ao Rio Grande do Sul, já estão a caminho da capital fluminense. A urgência de se posicionar contra o extermínio sistemático do povo palestino se reflete na mobilização massiva. Esse esforço coletivo não é apenas uma manifestação simbólica, mas uma resposta contundente ao genocídio em Gaza, intensificado pela ocupação militar e pelo cerco brutal imposto por “Israel”.
Durante a cúpula do G20, estarão reunidos os principais líderes imperialistas: Joe Biden (Estados Unidos), Emmanuel Macron (França), Olaf Scholz (Alemanha), Justin Trudeau (Canadá), Giorgia Meloni (Itália), Keir Starmer (Reino Unido) e Shigeru Ishiba (Japão). Estes governos, financiadores do regime sionista, sustentam o genocídio na Faixa de Gaza e os bombardeios a outros países árabes, como o Líbano, o Iraque e a Síria. Assim, o ato será uma mobilização importante contra o imperialismo, defendendo a resistência palestina e dos povos oprimidos, incluindo os trabalhadores brasileiros.
A preparação para o ato incluiu ações marcantes, como a exibição de uma bandeira palestina de 50 metros em pontos icônicos do Rio de Janeiro, reforçando a visibilidade da causa. E o apoio veio de organizações sindicais, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), e de entidades pró-Palestina, como o Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal).
O jornalista fundador do Opera Mundi e militante do PT Breno Altman, perseguido pelos sionistas por sua combativa defesa da Palestina, convocou todos a participaram da mobilização. “É uma boa hora para fazer pressão sobre os principais governos do mundo, exigindo imediata ruptura de relações diplomáticas e comerciais com o Estado de ‘Israel’. Todos os protestos contra o genocídio do povo palestino, em denúncia contra o regime sionista, merecem ser apoiados. Até lá!”.
A Frente Internacionalista dos Sem-Teto (FIST) e o coletivo de torcedores Anarcomunamérica (do América-RJ) lançaram uma convocatória com o lema “Fora Israel da Palestina e fora Cláudio Castro das favelas e ocupações”. A mobilização está sendo apoiada também por partidos de fora do Brasil, como o Partido Comunista Finlandês (SKP) e o Partido Comunista Americano (ACP).
Em vídeo, dirigentes do SKP afirmaram que o partido “apoia a manifestação pela Palestina no Rio de Janeiro. E queremos sublinhar que os países mais ricos do mundo devem assumir a responsabilidade na resolução da crise global e mostrar solidariedade. Devemos para o imperialismo e parar o genocídio do povo palestino”.
É preciso se mobilizar contra os genocidas e defender a Revolução Palestina. O ato convocado pelo Partido da Causa Operária (PCO) e os Comitês de Luta, além de diversas entidades sociais e sindicais e políticos de esquerda, será um importante marco na luta em defesa da Palestina no Brasil