Na madrugada desse domingo (17), a caravana do Nordeste para o ato nacional em defesa da Palestina chegou enfim ao Rio de Janeiro. Esse é o primeiro grupo de outro estado a chegar no local onde ocorrerá a manifestação de 18 de novembro.
A caravana teve início na noite de 13 de novembro, saindo de São Luís. “Para mim, é uma grande honra participar deste ato”, declarou Jaber, filho de palestinos, que embarcou na capital maranhense. “Tenho parentes na Cisjordânia, e a situação não está fácil”.
Na tarde de 14 de novembro, os companheiros de Natal, capital do Rio Grande do Norte, pegaram a estrada rumo ao Rio de Janeiro.
“Minhas expectativas são as melhores”, afirmou a enfermeira Ednilma Barreto. “Espero que o ato alcance muita repercussão, que chegue a vários locais, que outras pessoas acolham a causa”.
À noite, uma delegação de estudantes e técnicos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) ingressou na caravana. Com integrantes do Comitê de Luta Estudantil da universidade e do Comitê Paraibano de Apoio à Palestina (Compapal), a delegação paraibana aguardava o ônibus com muita animação, na residência universitária.
“Minha expectativa é muito positiva”, declarou a estudante de pedagogia Ana Tamar. “Esse é o primeiro movimento do qual faço parte e espero conhecer ainda mais sobre a causa palestina”.
Além da delegação da UFPB, também ingressou na Paraíba a delegação do município de Campina Grande, localizado a cerca de 130 km da capital.
Na madrugada do dia 15, chegou a vez da delegação pernambucana de aderir à caravana. Os preparativos para o embarque já começaram no dia anterior, à tarde.
Às 17h do dia 14, o Comitê de Solidariedade à Palestina – Pernambuco realizou um ato em defesa da Palestina e em apoio à caravana. A atividade aconteceu no Pátio de Santa Cruz, no centro do Recife.
Após a realização do ato, os manifestantes foram para o Centro Islâmico do Recife, onde houve uma recepção para aqueles que iriam viajar e aqueles que vieram apoiar a caravana.
No Centro Islâmico, após o jantar, ocorreu uma palestra de duas horas com irmãos e irmãs muçulmanas. A irmã Dulce Rocha, o irmão Amadou Toure, o irmão Ricardo Rocha e a irmã Kátia Marinho, foram os responsáveis por explicar detalhes sobre o Islã.
“Amei a atividade”, destacou a costureira Cláudia Gonçalves. “Amei conhecer como eles se reúnem para orar, saber como é ser uma mulher muçulmana”.
Na delegação pernambucana, também ingressaram Genilda Pereira e Maurício Caetano, coordenadores da ocupação Casarão Palestina Livre. Mesmo tendo realizado a ocupação dias antes do ato, eles decidiram ir para o Rio de Janeiro demonstrar seu apoio ao povo palestino.
“O ato é muito importante porque já ceifaram mais de 50 mil pessoas, incluindo 20 mil crianças”, destacou Caetano. “Precisamos juntar todos neste grande ato”.
Na noite do dia 15, foi a vez de a delegação de Simões Filho, Feira de Santana e Salvador, na Bahia, aderir à caravana.
“É preciso unir todos nesta causa”, destacou Ali Muhammad.
Na madrugada de 16 de novembro, a caravana fez a sua última parada para embarque, com a adesão da delegação de Ilhéus e de Itabuna.
“Estamos juntos na luta contra esse genocídio”, declarou Falconieres da Silva Sarmento, militante do Movimento Negro Unificado (MNU).