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'Israel'

Exército sionista está perto do colapso

"Poucos estão dispostos a retornar à luta", relatou a mãe de um dos soldados israelenses

O exército israelense está à beira do colapso? Essa é uma pergunta que muitas famílias dos soldados que retornaram de Gaza parecem estar fazendo.

Uma série de entrevistas com mais de 20 soldados e suas famílias, conduzidas pelo jornal The Hottest Place de Telavive, sugere que o exército israelense esteja enfrentando uma crise terminal.

“Pode ser um fenômeno silencioso, mas é algo que está crescendo continuamente. Muitos soldados estão se recusando a continuar lutando em Gaza e estão voltando a pé”, escreveu a jornalista Revital Hovel.

Um ano de resistência armada ao que é descrito como genocídio israelense na Faixa de Gaza está cobrando seu preço. Muitos soldados israelenses estão agora se recusando a lutar. Alguns estão até mesmo cometendo suicídio em vez de retornar ao campo de batalha.

Apesar dos horrores sem precedentes que o exército de ocupação israelense supostamente vem infligindo em Gaza e no Líbano no último ano, muitos dos soldados que sobreviveram a esses eventos foram mentalmente traumatizados pelas experiências vividas.

“As tropas estão devastadas. Qualquer um que não esteja morto ou ferido ficou emocionalmente abalado. Poucos estão dispostos a retornar à luta”, relatou a mãe de um dos soldados.

Ela acrescentou que o moral do exército já estava baixo, mesmo antes de “Israel” realizar uma série de ataques no Líbano, antes da tentativa de incursão terrestre que começou em 1º de outubro.

“Não sei com qual exército eles planejam atacar o Líbano, mas não há exército. Não vou voltar ao batalhão”, disse um dos soldados.

Isso pode ajudar a explicar por que, um mês depois, o exército israelense não conseguiu fazer avanços significativos no sul do Líbano, e quase 100 soldados foram mortos na tentativa. Esse aparente colapso do exército israelense, porém, não é apenas um fenômeno recente ou limitado ao Líbano.

De acordo com The Times of Israel, nas últimas semanas, a taxa de comparecimento entre as unidades de reservistas, que atualmente estão em combate no Líbano e na Faixa de Gaza, variou entre 75% e 85%, segundo fontes da Defesa. Oficiais superiores atribuíram essa queda à exaustão dos reservistas, consequência de mais de um ano de combates, além do tempo prolongado longe de suas famílias, a perda de empregos ou a interrupção dos estudos universitários.

“Muitos pais relatam que o colapso moral dos soldados combatentes começou já em abril, quando as Forças de Defesa de Israel (FDI) ficaram presas em Gaza”, escreveu a jornalista Hovel no The Hottest Place.

“Eu vejo isso como insubordinação e motim”, disse a mãe de outro soldado. “Eles retornam aos mesmos edifícios [em Gaza] que já haviam liberado, e eles ficam armadilhados de novo, toda vez. Eles já estiveram no bairro de Zaytoun [na Cidade de Gaza] três vezes. Eles compreendem que é inútil e sem sentido.”

Outra mãe relatou: “Conversei com meu filho, e ele me disse: ‘Somos como patos em uma galeria de tiro; não sabemos o que estamos fazendo aqui. É a segunda e terceira vez que voltamos aos mesmos lugares. Os reféns não estão sendo libertados, e você percebe que isso não está terminando, enquanto pelo caminho soldados são feridos e morrem. Parece ser inútil.’ Isso foi em março.”

Outro soldado, Uri, relatou diretamente ao The Hottest Place que três oficiais de sua companhia foram mortos quando um míssil antitanque atingiu uma casa que haviam ocupado em Khan Younis, no sul de Gaza.

“Todos os oficiais estavam no segundo andar de um edifício e estavam próximos uns dos outros, olhando pela janela”, disse Uri. “Um míssil entrou no edifício por outra janela e os atingiu. Toda a companhia teve que evacuá-los… Estávamos destruídos; todos queríamos ir para casa, mas eles decidiram nos manter lá [em Gaza] de qualquer forma.”

Essa experiência finalmente o levou a recusar-se a retornar ao combate em julho. “Comecei a chorar no gramado e disse que não aguentava mais. Eu estava emocionalmente exausto. Disse ao meu comandante que não suportava mais.”

Suicídios

O artigo na publicação de Telavive faz parte de uma série de reportagens semelhantes publicadas na imprensa israelense nas últimas semanas. O objetivo muitas vezes é despertar simpatia pelos soldados israelenses que atualmente estão envoltos em operações em Gaza.

No entanto, alguns desses artigos podem revelar mais do que o pretendido. Recentemente, a CNN relatou a história de Eliran Mizrahi, um soldado israelense que operava uma escavadeira militar. Mizrahi cometeu suicídio em junho deste ano, apenas dois dias após ser convocado para retornar a Gaza.

Mizrahi e seu copiloto Zaken ostentaram orgulhosamente em um canal de TV israelense, no início do ano, terem destruído as casas de 5.000 “terroristas” — antes de afirmarem que, efetivamente, todas as casas em Gaza pertencem a “terroristas”. Vídeos e outras publicações logo surgiram mostrando Mizrahi divulgando evidências de seus atos em suas redes sociais.

É provável que o suicídio entre soldados israelenses seja uma epidemia que está sendo silenciada atualmente.

De acordo com a reportagem da CNN, milhares de soldados estão sofrendo de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) ou outras doenças mentais causadas pelo trauma sofrido durante a guerra. Não está claro quantos tiraram a própria vida, uma vez que o exército israelense não forneceu números oficiais.

Outro caso que recentemente ganhou destaque na imprensa israelense foi o do piloto veterano da Força Aérea de 38 anos, Asaf Dagan, que cometeu suicídio no mês passado. Sua nota de suicídio circulou na internet, aparentemente divulgada por sua família num esforço para pressionar as autoridades a concordarem com o funeral militar que lhe foi negado.

O jornal israelense Haaretz relatou que Dagan havia sido diagnosticado com transtorno de estresse pós-traumático durante anos.

“A família de Dagan não pode confirmar se a fonte de seu sofrimento foram eventos traumáticos que ele testemunhou durante a Segunda Guerra do Líbano” em 2006, relatou o jornal, “ou a culpa pelos bombardeios dos quais ele participou.”

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