Khaled Meshaal, nascido em 28 de maio de 1956 em Silwad, na Cisjordânia, é um importante líder do Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas. Ele cresceu em Silwad até 1967, quando, após a Guerra dos Seis Dias e a consequente ocupação israelense, sua família foi forçada a se mudar para o Cuaite. Lá, Meshaal desenvolveu um profundo interesse pela militância, influenciado pela diáspora e pela luta palestina contra a ocupação sionista.
Meshaal juntou-se à filial palestina da Irmandade Muçulmana aos 15 anos e, posteriormente, formou-se em física pela Universidade do Cuaite. Durante seu período universitário, ele foi um membro ativo no movimento estudantil islâmico, o que marcou o início de sua militância.
Com a fundação do Hamas em 1987, durante a Primeira Intifada, Meshaal emergiu como um dos principais líderes do partido. Em 1992, ele ajudou a fundar o birô político do Hamas e, em 1996, assumiu a liderança do mesmo. Durante sua liderança, ele guiou o Hamas através de numerosos desafios e conflitos, incluindo diversas tentativas de assassinato, como a notável tentativa de envenenamento pelo Mossad em 1997, da qual sobreviveu.
Devido a ameaças constantes, Meshaal viveu em exílio em várias cidades ao longo dos anos, incluindo Amã, Doha e Damasco. Essa vida em exílio não diminuiu sua influência; pelo contrário, ele continuou a ser uma figura central na política palestina e no Hamas. Sob sua liderança, o Hamas consolidou sua presença em Gaza, particularmente após a vitória eleitoral em 2006 e a subsequente tomada de controle da Faixa de Gaza em 2007.
Khaled Meshaal aposentou-se da liderança do Hamas em 2017, sendo sucedido pelo mártir Ismail Hanié. Mesmo após sua aposentadoria, ele continua a ser uma figura importante no cenário político palestino e no Hamas, atuando como chefe do escritório do Hamas para refugiados e exilados palestinos.