Além das eleições presidenciais, que trouxeram Donald Trump de volta ao governo dos Estados Unidos, os eleitores norte-americanos também participaram de importantes plebiscitos sobre questões sociais. Aborto, legalização da maconha e até restrições de participação política para não-residentes foram temas centrais em vários estados.
Um dos principais temas foi o direito ao aborto, que após ter sido suspenso nacionalmente pela Suprema Corte, voltou ao centro das disputas estaduais. Em sete estados, incluindo Colorado e Missouri, a população votou pela ampliação dos direitos das mulheres, com o Missouri aprovando o aborto em casos de incesto e estupro. No entanto, em estados como a Flórida, onde Trump obteve forte apoio, 57% dos eleitores votaram contra a ampliação desse direito, sem alcançar a maioria necessária para aprovar a medida.
Sobre a legalização da maconha para uso recreativo, três estados – Flórida, Dakota do Sul e Dakota do Norte – rejeitaram a proposta. Mesmo o uso medicinal, em estados como o Nebraska, teve algumas flexibilizações, mas a maconha recreativa foi amplamente negada. Além disso, Massachusetts rejeitou a legalização de substâncias psicodélicas.
Entre outras questões, oito estados aprovaram restrições de participação política para não-residentes, enquanto a Califórnia decidiu aumentar a pena para reincidentes em crimes de furto e no uso de opioides, como o fentanil. Já no Arizona, a população rejeitou propostas para diminuir o salário de trabalhadores que recebem gorjetas.