Segundo as pesquisas de intenção de voto, no início do ano, o candidato republicano Donald Trump, aparecia com uma vantagem de 2 pontos percentuais em relação ao ex-candidato democrata Joe Biden. No fim de junho ele aparecia com 40,9% das intenções de voto, contra 40,7% do republicano.
Um debate promovido pela rede de televisão norte-americana CNN, onde o candidato democrata parecia não falar coisa com coisa – não que o candidato republicano seja menos senil – dias após essa pesquisa com pequena margem de diferença refletiram em uma nova pesquisa onde Trump apareceu com uma vantagem de 2,5 pontos.
Alguns dias depois de ser alvo de um atentado a tiros durante um comício na Pensilvânia, Donald Trump se distanciou de seu adversário mais do que nunca: abriu uma vantagem de 3,2 pontos percentuais, a mais alta que teria em toda a corrida presidencial. Nesse momento parece que os democratas começam a cair à ficha de Biden não é páreo para Trump.
Na sequência Biden desiste da candidatura e abre espaço para a sua vice na disputa, Kamala Harris, a campanha da imprensa mais ligada ao imperialismo saiu a campo com todas as forças em defesa da candidata democrata. A partir daí o que víamos eram sempre pesquisas em que Harris estava a frente de Trump. No final de agosto por exemplo, a candidata tinha cerca de 4 pontos a mais que o candidato republicano.
Nos últimos meses essa distância veio diminuindo sistematicamente. A diferença entre os candidatos abaixaram significativamente ficando muitas vezes entre um ponto apenas de diferença, outras às vezes apareciam empatados. No último final de semana antes das eleições a pesquisa publicada pelo jornal norte-americano The New York Times, apontava Kamala com 49% das intenções de votos, enquanto Trump somava 48%. Outra divulgada no final de semana mostrava empate, a pesquisa NBC News mostrou os candidatos, com 49%.
O NYT, junto com o Siena College mostrava o seguinte cenário em relação aos estados em favor de Kamala Harris: Nevada (49% / 46%), Carolina do Norte (48% / 46%), Wisconsin (49% / 47%) e Geórgia (48% / 47%). Do outro lado Trump em vantagem no Arizona (49% / 45%). Em outros dois estados, a pontuação é a mesma: Pensilvânia (48% / 48%) e Michigan (47% / 47%).
A ABC News/Ipsos mostrou Kamala numericamente à frente, com 49%. Trump somou 46%. A sondagem tem margem de erro de dois pontos percentuais e foi produzida de 29 de outubro a 1º de novembro, com uma amostra de 3.140 adultos, incluindo 2.267 prováveis eleitores.
Não dá para afirmar realmente quais os interesses de cada pesquisa e por quais motivos a imprensa mais pró-imperialista manteve esse falso empate entre os candidatos, mais o que vamos ver é que o erro foi grotesco e o resultado foi justamente o contrário do que se previam.
Até o fechamento dessa edição, Donald Trump já era vitorioso com 51% dos votos contra 47% de Kamala Harris. Após a projeção da vitória no Estado de Wisconsin, o republicano acumulou 276 votos do Colégio Eleitoral, mais do que os 270 necessários para vencer a eleição. A candidata democrata acumulou 223 votos do Colégio Eleitoral.
No Arizona, Trump 52% contra 47,2% de Harris. Carolina do Norte, Trump 51,1% contra 47,7% Harris. Georgia, Trump 50,8% contra 48,5% Harris. Michigan, Trump 49,7% contra 48,3% de Harris. Nevada, Trump 51,7% contra 46,6% Harris. Pensilvânia, Trump 50,5% contra 48,5% Harris. Wisconsin 49,7% contra 48,9% Harris. Ou seja, Trump ganhou em todos os sete Estados-chave.
Enfim as pesquisas tentaram mostra uma realidade que não existia. Apesar de críticos ao processo eleitoral dos Estados Unidos, Trump venceu contrariando tudo que era dito pela imprensa e pelas pesquisas, exceto em locais onde os democratas têm certa predominância como Nova Iorque Califórnia. O que podemos dizer é que Trump teve uma vitória avassaladora nos sete principais estados.