Conforme noticiado pelo órgão de imprensa imperialista Bloomberg, a Turquia quer aprovar uma lei contra a intervenção das chamadas Organizações Não-Governamentais (ONGs) no país. A legislação prevê penas de três a sete anos de prisão para aqueles que atuaram “contra a segurança ou interesses políticos internos ou externos do estado, em consonância com os interesses estratégicos ou instruções de um estado ou organização estrangeira”.
Referido projeto já havia sido apresentado pelo governo turco em maio, mas a deliberação a respeito dele foi adiada em razão de críticas realizadas por ONGs e partidos de oposição. Segundo Ozgur Ogret, representante da organização Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ), o projeto seria uma “ferramenta judicial para demonizar e censurar jornalistas e pesquisadores independentes que trabalham com parceiros estrangeiros ou recebem financiamento estrangeiro”.
No entanto, o Ministro da Justiça turco, Yilmaz Tunc, afirmou que a legislação não objetiva perseguir jornalistas ou “qualquer pessoa que faça pesquisas na Turquia”, mas combater a espionagem interna.
Sabe-se que as ONGs são frequentemente utilizadas pelo imperialismo para desestabilizar ou mesmo derrubar governos nacionalistas, cujo antagonismo com o regime se tornou insustentável, como se viu na Ucrânia em 2014 e como se vê na tentativa atual de golpe na Geórgia. Atualmente no Brasil, referidas organizações vem sendo fundamentais em sabotar qualquer tentativa do governo em pôr em prática uma política de desenvolvimento econômico do País, seja quanto à exploração do petróleo, seja quanto à construção de hidrelétricas, ferrovias, rodovias etc.
Vale lembrar que, em 2016, o governo Edorgan conseguiu debelar uma tentativa de golpe impulsionada pelos EUA. Recentemente, morreu um dos líderes ideológicos do golpe, Muhammed Fethullah Gülen, que liderava o movimento Gülen e estava refugiado nos EUA desde a tentativa fracassada.