Conforme noticiado pela emissora libanesa Al Mayadeen, reproduzindo o que foi dito por Abbas Zaki, membro do Comitê Central do Fatá, a cooperação entre o partido e o Hamas “corta o caminho para aqueles que querem impor a tutela ao povo palestino”.
A autoridade do Fatá declarou que as negociações a respeito de um governo de unidade nacional amadureceram, destacando que “o tempo acabou para a administração norte-americana”. Zaki ainda afirma que “estamos confiantes de que a Resistência não pode ser liquidada” e “convencidos de que nosso destino é permanecer firmes”.
Osama Hamdan, porta-voz do Hamas, partido que lidera a resistência palestina, declarou que as negociações para a criação de um comitê conjunto entre Hamas e Fatá são um passo em direção à “organização da casa palestina”, explicando que a entidade sionista busca fragmentar a aliança entre os partidos e organizações representantes do povo palestino. Hamdan afirmou também que “se formar um governo de unidade nacional for difícil, há interesses do nosso povo que devemos atender por todos os meios disponíveis”.
Segundo a Al Mayadeen, as negociações avançaram no que se refere à definição de princípios gerais. Contudo, persistem controvérsias entre o Hamas e o Fatá quando a detalhes de um governo conjunto para nova administração da Gaza. Consequentemente, novas reuniões serão realizadas na tentativa de se chegar a um denominador comum favorável ao povo palestino. Conforme fonte da emissora citada, o Hamas busca que uma nova administração de Gaza seja realizada em “cooperação e coordenação com o governo em Ramalá”. Contudo, o Fatá prefere que o comitê conjunto para administrar Gaza seja formalmente afiliado ao governo.
Ressalta-se que o governo do qual fala o Fatá é aquele da Autoridade Palestina, que é um preposto do imperialismo e do sionismo para reprimir o povo palestino. Sendo o Fatá um partido divido, a ala que apoia a resistência armada não é a mesma da Autoridade Palestina, que comada os órgãos de repressão.
Recentemente (1º), Hamdan reiterou que o Hamas permanece firme em suas condições para qualquer negociação com “Israel”, afirmando que “não haverá regresso dos cativos detidos pela resistência sem parar a agressão e retirar-se totalmente”.