O sindicato que representa trabalhadores de tecnologia do New York Times, o New York Times Tech Guild, iniciou uma greve por práticas trabalhistas injustas nessa segunda-feira (4), um dia antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos. Composta por mais de 600 profissionais, incluindo engenheiros de software e analistas de dados, a guilda é responsável pela infraestrutura dos produtos do jornal, desde podcasts até aplicativos de receitas e cobertura eleitoral.
Segundo o sindicato, a administração do jornal recebeu “aviso de vários meses” sobre a possibilidade de greve, mas se recusou a avançar em um contrato justo, alegando que os membros “não estavam em condições” de aceitar as condições propostas. Entre as demandas, estão a implementação de uma cláusula de “justa causa”, aumentos salariais, igualdade de salários e revisões nas políticas de retorno ao trabalho presencial.
Em resposta, o porta-voz do NYT, Daniel Rhodes Ha, afirmou que, apesar de a empresa “respeitar o direito do sindicato de se manifestar”, a decisão de realizar a greve seria “desnecessária e inconsistente com a missão do jornal”. Ele também destacou que os trabalhadores de tecnologia já estariam entre os mais bem pagos da empresa e que a prioridade do jornal continua sendo o jornalismo.
O sindicato anunciou que fará piquetes em frente ao prédio do NYT na Times Square, todos os dias, das 9h às 18h, pedindo ao público que boicote temporariamente os produtos digitais do jornal, como os jogos e aplicativos de culinária.