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Estados Unidos

A propaganda do NY Times a favor do genocídio em Gaza

Em tempos de “fake news”, a grande imprensa mente sistematicamente sem qualquer impedimento, pois defende a política do imperialismo

PIG

A grande imprensa, como é caso do New York Times, está de cabeça na campanha de apoio do genocídio sionista contra a população palestina.

Neste mais de um ano da Operação Dilúvio de Al Aqsa, posta em marcha pela Resistência Palestina, o contraste com o que se vê nas redes sociais com o que é publicado na grande imprensa fez com que inúmeras pessoas começassem a criticar duramente órgãos como New York Times, um dos principais porta-vozes do imperialismo.

Além do público, especialistas em comunicação demonstram que o veículo mente deliberadamente ou distorce os fatos, sempre em favor dos sionistas.

Em tempos que se ameaça de prisão em publicar mentiras (fake news) nas redes, o NYT mente descaradamente sem que nenhum juiz tenha a ideia de processar o jornal, que não tem nenhum problema em inventar, ou publicar notícias sobre crianças decapitadas, estupros de reféns etc.

A linguagem que o NYT utiliza banaliza os crimes de guerra dos sionistas, ou tentam vender a ideia de que se trata de legítima defesa. Ainda que uma força colonialista de ocupação não tenha o direito de se “defender”, essa prerrogativa é dos povos que estão sendo invadidos, no caso os palestinos.

Recentemente, um memorando interno do jornal desencorajou o uso de termos como “genocídio” ao discutir Gaza, refletindo uma preferência editorial para evitar uma “linguagem forte”. Portanto, crimes de guerra como limpeza étnica, bombardeio de civis, tudo é relatado de uma maneira “amena”, o que, na verdade, serve apenas para deturpar a realidade.

Pesquisas nas notícias do NYT mostra o modo como operam. A ocupação sionista, o genocídio, se trata por “conflito”.

Captura de tela da cobertura ao vivo do New York Times em 7 de outubro de 2023.

Dezenas de milhares de mortes de civis, hospitais destruídos, prisioneiros torturados e estuprados, quase vinte mil crianças mortas, tudo isso não é um crime terrível contra a humanidade, mas um “conflito”.

Terroristas

Uma outra distorção que costumam fazer é tratar a resistência palestina como “terroristas” ou “militantes”, o que serve para caluniar o movimento, como se se tratasse de demônios, não um povo oprimido lutando contra o imperialismo.

A ação desses “terroristas”, segundo o NYT, teria trazido à tona os supostos traumas dos israelenses quando da Guerra de Outubro: “O ataque do Hamas tem ecos assombrados da Guerra do Yom Kippur de 1973”. Deixam de lado, deliberadamente, os 70 anos de ocupação sionista e esmagamento da população palestina.

Ao tratar dos soldados mortos do lado sionista, o jornal diz que aqueles teriam sido “abatidos”. Quando as mortes são do lado palestino, utilizam a linguagem na voz passivo, como, por exemplo, “pessoas morrem com desabamento de prédio” etc. Enquanto, ao se referirem aos soldados sionistas, falam em massacre. Neste último ano, usaram o termo “massacre” pelo menos 53 vezes para se referirem aos sionistas e apenas uma vez para os palestinos.

A coordenação desse trabalho de propaganda foi desenhando em 1984, quando foi feito um congresso em Telavive, reunindo pessoas da imprensa para estabelecer as bases da Hasbará (propaganda, em hebraico) para que não acontecesse mais o desmascaramento da política sionista.

Durante décadas se vendeu a ideia de que “Israel” seria uma pobre democracia frágil tentando sobreviver cercada de bárbaros sanguinários por todos os lados. Enquanto isso, provocava uma limpeza étnica e massacres contra os palestinos.

Em 1982, os sionistas invadiram o Líbano, tomaram as Colinas do Golã, e, coordenando a Falange, uma milícia fascista maronita, promoveu um terrível massacre em Sabra e Chatila, campos nos quais viviam palestinos fugidos da primeira Nakba.

O mundo todo pôde ver como agiam os sionistas, foi impossível esconder a monstruosidade desse regime. De 1984 para cá, portanto, deu-se início a uma campanha mais vigorosa para distorcer a realidade do que esse regime fascista pratica contra os povos da região.

O monopólio da informação

Enquanto durou o monopólio da informação, a propaganda israelense funcionou. Com o advento das redes sociais, quando qualquer pessoa pode publicar vídeos e os compartilhar na Internet, ficou claro o quanto a grande imprensa mente e distorce os fatos. Não é por menos que o imperialismo está fazendo um grande esforço para censurar a Internet. Pessoas estão sendo presas por simplesmente publicarem suas opiniões. Pior, estão sendo presas por crimes que nem mesmo existem. Como uma mulher que, ao ser presa, perguntou para o policial se seu crime teria sido “postar no Facebook”.

É por isso que temos que lutar pela liberdade de expressão, pois uma das armas do imperialismo é a censura. A máscara de democracia caiu, vivemos sob uma imensa ditadura que, se a esquerda não se levantar, esmagará qualquer um que ousar falar a verdade.

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