A crise do imperialismo não para de aumentar e, com isso, uma guerra generalizada se torna cada vez mais iminente. A revolução na Palestina, a guerra na Ucrânia e a expansão do conflito para o Líbano e o Irã intensificaram a tendência do imperialismo em apostar na guerra total.
O Velho Continente se prepara para a guerra
Um relatório recente do Centro Delàs de Pesquisa e Ação para a Paz e o Desarmamento, com sede em Barcelona, Espanha, expôs que, em 2023, o investimento bélico no chamado Velho Continente foi de incríveis 290 bilhões de euros, ou 320 bilhões de dólares. O valor representa um aumento de 21% em relação a 2022, ano em que se iniciou a guerra da OTAN contra os russos.
O centro de pesquisa alertou que, se a participação do Reino Unido e da Noruega, países que não fazem parte da União Europeia (UE), for incluída nesta conta, os gastos militares chegariam a 366 bilhões e 623 milhões de euros (quase 400 bilhões de dólares). O valor equivale a três vezes o investimento da Rússia e é superior aos gastos da China, sendo inferior apenas aos gastos dos Estados Unidos.
Além disso, a Europa, atualmente, exporta a maior quantidade de armas no mundo, novamente, perdendo apenas para os EUA. Em 2022, os países da UE exportaram 36 bilhões de euros (39 bilhões de dólares) em equipamentos militares, sendo 12% exclusivamente para os ucranianos.
O Centro Delàs, instituição que faz parte da Rede Europeia Contra o Comércio de Armas, apontou que a guerra na Ucrânia “trouxe à tona a ineficiência do sistema em garantir a paz e a incompetência daqueles que dirigem e executam decisões sobre paz e segurança na Europa”.
Imperialismo prepara ofensiva
Segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, o conflito da OTAN contra os russos, em 2022, ainda é o principal conflito bélico. Em 2023, a porcentagem do PIB da Rússia destinada para a Defesa atingiu o nível mais alto desde a dissolução da União Soviética, chegando a 5,9%; já os ucranianos gastaram 37% do PIB.
O Instituto observa que todos os países membros da OTAN, exceto três, aumentaram exponencialmente seus gastos militares. Além disso, os 31 membros da OTAN expandiram a meta de gastos militares, ultrapassando 2% do PIB dos respectivos países, atingindo níveis recordes desde a chamada Guerra Fria.
Finalmente, são dados que demonstrando que o imperialismo está se preparando para uma guerra total contra os povos do mundo, guerra que pode, inclusive, estourar após a derrota da Ucrânia pela Rússia, conforme denúncia feita pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov:
“Como opção no caso de o regime de Zelenski falhar, elas [as autoridades dos EUA] estão preparando a Europa continental para embarcar numa aventura suicida e entrar num conflito armado direto com a Rússia”, disse Lavrov no Simpósio Internacional “Criando o Futuro”.