Seis caças F-15C Eagle I da Guarda Aérea Nacional da Louisiana, dos Estados Unidos, aterrissaram na Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte, no último sábado (2) para a realização da maior exercício aéreo na América Latina, a Operação Cruzeiro do Sul 2024 (CRUZEX 2024). Organizado pelo Comando de Preparo (COMPREP) da Força Aérea Brasileira, os exercícios, que se iniciam nesse segunda-feira (3), visa, supostamente, interoperabilidade entre as Forças Armadas brasileiras e parceiros internacionais.
Participam do exercício esquadrões de voo do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Portugal. Ocorreram também tarefas especiais e cibernéticas, nas quais participaram Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai e Peru. Outros países, África do Sul, Alemanha, Canadá, Equador, França, Itália, Suécia e Uruguai, enviaram observadores.
Será a primeira vez que o caça à jato F15, considerado dos mais poderosos do mundo, estará no Brasil. Ele será acompanhado de aviões reabastecedores Boeing KC-46A Pegasus e KC-135R Stratotanker. A FAB mobilizou um conjunto de recursos, incluindo o F-39 Gripen, também um dos mais poderosos caças.
É preciso condenar tais exercícios dos EUA e de seus aliados em solo brasileiro, particularmente aéreos, que constituem uma ameaça ao Brasil e aos povos do cone sul, em especial a Venezuela. Ademais, tais exercícios constituem um reforço a penetração de Washington nas Forças Armadas nacionais, já profundamente integradas a política do imperialismo.
A única ameaça efetiva ao Brasil são exatamente os EUA, que já interviram diversas vezes na política nacional com golpes de Estado, compor qualquer exercício militar com os EUA a pretexto de interoperabilidade contra possíveis inimigos é contrassenso.
Para garantir a efetiva soberania, o país precisa distanciar-se o quanto mais das influências dos aparatos dos Estados Unidos. Assim, firmando laços econômicos e militares mais estreitos com países que estão no mesmo caminho da independência e que não representam nenhum ameaça ao país e seus interesses, como a Rússia, China, Venezuela e Irã, dentre outros, resguardara sua soberania e se desenvolverá tecnológica e militarmente.
Exercícios, como o citado, no território nacional, aparentemente inofensivos, são em realidade uma expressão da subserviência ideologia e política, em determinados aspectos, do Estado brasileiro aos Estados Unidos da America.