Um dia quis aprofundar o contato.
Era pequeno para meu coração curioso.
“Mais fundo”, disse a segunda batida após o início das eras.
Nasci e já era “mais fundo”. E dizendo sempre, “vai a fundo”,
um anjo torto era aquele que mo dizia.
Eu era a criança e o sonho me levou a infância.
Era a juventude, levada pelo ensejo.
Agora, pouca-luz, um velho costume de piscar lusco-fusco do dia a dia.
O desejo de me criar como ninguém,
Ulisses dos tempos perdidos.
A incapacidade de me fazer como alguém,
Que o desejo refluindo tudo…
Queria aquilo que o dia da noite vindo,
e da aurora, ao sol indeciso.
Um dia-dia igual à chama da parafina
que queima, mas ilumina.
E no dobrar do terceiro quarto do primeiro tempo,
(se há de existir novas partidas)
Nesse dobrar, a dobra era para fora,
aquela que reverte todas as cores do painel.
Nesse dobrar de asas,
dobrou-se o tempo,
a não-parcialidade do existir imperou sobre meu coração lento.
Eu era peão
agora sou peoa.