Conforme declaração conjunta divulgada pela Comissão de Assuntos de Detentos e a Sociedade de Prisioneiros Palestinos, a entidade sionista emitiu mais de 9.500 ordens de prisões administrativas contra palestinos na Cisjordânia e em al-Quds (Jerusalém) apenas no mês de outubro de 2024.
O número total, que incluem ordens de prisão novas e renovadas, é destinado à detenção administrativa de estudantes, jornalistas, ativistas e defensores dos direitos humanos, sendo vários dos alvos ex-prisioneiros que já haviam cumprido penas arbitrárias anteriores. Não apenas adultos são alvos, mas também crianças.
A declaração constatou que no início de outubro de 2024, já havia pelo menos 3.398 presos sob prisão administrativas, dentre os quais 30 mulheres e cerca de 90 crianças. Tais prisioneiros são aproximadamente 33% do total de prisioneiros palestinos em cárceres israelenses.
A modalidade prisão administrativa é uma forma de detenção arbitrária, em que não há processo judicial, e sequer é garantido direito de defesa aos palestinos. Segundo a declaração, essa forma de prisão foi institucionalizada pelos tribunais das forças israelenses de ocupação, especialmente sob atual governo, apontando igualmente que isto seria um alinhamento ao interesse dos colonos (milícias sionistas de extrema-direita).
Comissão de Assuntos de Detentos e a Sociedade de Prisioneiros Palestinos destacaram que esse aumento na detenção administrativa é parte de uma estratégia para suprimir os papéis sociais, políticos e culturais da sociedade palestina, segundo noticiado pelo órgão de impressa Al Mayadeen. Desde o início da guerra, apenas na Cisjordânia e em Jerusalém, mais de 11.500 prisões, sob diversas modalidades, foram realizadas.