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Eleições nos EUA

Campanha de Kamala Harris manipula redes para tentar se reeleger

A contradição colocada revela a profunda crise do imperialismo, que não consegue manter a ordem nem em sua própria casa

A campanha dos candidatos do Partido Democrata às eleições presidenciais dos Estados Unidos, Kamala Harris e Tim Walz, organizou operações de “astroturfing” no Reddit e conspirou para manipular a funcionalidade das Notas da Comunidade no X, de acordo com um pesquisador norte-americano, denunciou a RT.

O termo em inglês “astroturfing” descreve um apoio fabricado a determinado conteúdo, mas que se apresenta como autêntico, em contraste com o apoio “popular” verdadeiro. Quer dizer, de fazer o que a esquerda e o imperialismo acusam o bolsonarismo e a extrema direita de fazer nas redes sociais. Um estudo da Abrapcorp define o termo como “uma prática de propaganda que consiste na criação de uma manifestação de um público simulado”.

O fundador do sítio Federalist, Sean Davis, denunciou que a campanha de Harris-Walz “manipula fraudulentamente as Notas da Comunidade com contas falsas e táticas de astroturf. E temos capturas de tela, planilhas e comunicações da campanha para provar”. O pesquisador norte-americano refere-se a uma série de artigos do “Reddit Lies”, com capturas de tela do servidor de Harris-Walz na plataforma de mensagens Discord, mostrando como os democratas conspiraram para inundar as redes sociais com seu conteúdo, ao mesmo tempo que suprimem críticas.

As capturas de tela mostram, por exemplo, Timothy Durigan, funcionário do Comitê Nacional democrata, instruindo os apoiadores da campanha a votar contra uma Nota da Comunidade que sinalizava uma postagem da conta de Kamala Harris como imprecisa. Segundo o “Reddit Lies”, múltiplas contas oficiais de Harris-Walz “regularmente apresentaram fatos desonestos” de seus rivais, o ex-presidente republicano Donald Trump e seu parceiro de chapa JD Vance, que foram republicados pela imprensa imperialista. Ainda assim, “praticamente nenhuma” de suas “postagens falsas e enganosas” possui Notas da Comunidade — denunciando uma campanha coordenada para votar contra essas notas, segundo o pesquisador.

O Discord de Harris-Walz tem um módulo de “Treinamento das Notas da Comunidade do Twitter (X)”, que ensina os usuários a aumentar sua pontuação e os incentiva a desmoralizar notas que chamam atenção para mentiras dos democratas, de acordo com capturas de tela publicadas pelo Federalist.

Embora a campanha possa ter conseguido manter as Notas fora de suas postagens mentirosas, ela não conseguiu manipular o sistema na medida desejada, afirmou o “Reddit Lies”, citando uma postagem em que um dos organizadores lamentava as proteções do X. A campanha também parece estar usando uma ferramenta chamada Reach para propagar suas mensagens em várias plataformas, violando proibições de “comportamento inautêntico coordenado”, que visam impedir ‘robôs russos’ que os democratas alegam ter interferido nas eleições dos EUA.

A cinco dias das eleições norte-americanas, os candidatos estão tecnicamente empatados em sete estados que não tem dominância definida, nem dos republicanos, nem dos democratas, e vão decidir a eleição. Para ser eleito, é preciso ao menos 270 delegados dos 538 em disputa, e projeções do sítio Real Clear Politics mostram Kamala com 211 delegados e Trump com 215. Considerando a vantagem pela média das pesquisas nos estados em disputa, Trump venceria em cinco e seria eleito com 287 delegados. Já Harris levaria em dois e somaria 236. 

Diante da probabilidade de Trump voltar à presidência dos EUA, o setor mais duro do imperialismo tem trabalhado incessantemente para derrotar o republicano. Os principais representantes do capital financeiro internacional na imprensa têm atuado nesse sentido, com apoio dos jornais da burguesia aqui no Brasil, notadamente O Globo. O The Economist, por exemplo, afirmou que a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos traria riscos “inaceitáveis”, declarando também apoio à vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris na eleição.

“Os Estados Unidos podem, sim, passar mais quatro anos com Trump, como passaram por outras presidências de homens falhos de ambos os partidos. O país pode até prosperar. Mas eleitores que afirmam ser pragmáticos estão ignorando o risco extremo de uma presidência de Trump. Ao fazer de Trump o líder do mundo livre, os americanos estariam apostando com a economia, o Estado de direito e a paz internacional. Não podemos quantificar a probabilidade de algo dar muito errado: ninguém pode. Mas acreditamos que os eleitores que minimizam esse risco estão se iludindo”, afirmou o editorial de um dos principais jornais do imperialismo.

Fato é que a contradição colocada revela a profunda crise do imperialismo, que não consegue manter a ordem nem em sua própria casa.

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