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Oriente Médio

Invasão israelense no Líbano repetirá fiasco de 2006?

Passados quase vinte anos, ao contrário do que pensavam os sionistas genocidas, o Hesbolá está ainda mais forte e com muito mais apoio do povo

Apesar de estarem escondendo suas perdas, tanto de equipamentos como humanas, membros do governo e analistas israelenses relatam preocupações com a formidável capacidade militar do Hesbolá e o profundo impacto que a ação da resistência tem sobre a ocupação israelense.

Desde o início da operação Dilúvio de Al-Aqsa, em 7 de outubro de 2023, “Israel” impõe uma ampla censura à imprensa para que esta não divulgue os resultados catastróficos das operações de extermínio que promovem em Gaza, na Cisjordânia e, agora, no Líbano.

Com a invasão ao Líbano, a censura aumentou ainda mais, uma vez que os ataques coordenados entre o Hesbolá e o Hamas causam fortes golpes nas forças armadas israelenses.

Em uma entrevista ao Canal 13, o coronel sionista aposentado Kobi Maron, especialista em segurança nacional, disse que a força dos foguetes do Hesbolá, combinada com sua liderança e controle, representa uma ameaça significativa.

Ele alerta que “a operação terrestre no Líbano tem alto custo para nós” e pede cautela aos militares depois de erros de cálculo com relação aos objetivos da resistência. Ele também destaca a necessidade de aumentar o orçamento de guerra devido aos enormes danos causados ao norte da ocupação israelense para o retorno dos colonos refugiados.

A imprensa israelense relata falta de energia em posições militares ao longo da fronteira com o Líbano devido aos intensos bombardeios do Hesbolá, e as ações da resistência em Gaza estão aumentando a divisão interna nas lideranças das forças armadas da ocupação.

Há falta de coordenação entre os comandos do norte e do sul, e menciona-se uma crise em andamento, “uma guerra de mentes” tanto no sul do Líbano como em Gaza. A crise é alimentada pela mudança do Hesbolá e do Hamas para uma guerra urbana usando dispositivos explosivos, conforme relatado pelo correspondente militar Amir Bohbot, do site de notícias israelense Walla.

Menciona-se ainda uma “lacuna significativa” na estrutura militar israelense, citando um recente incidente em Gaza envolvendo a Divisão 252, onde soldados veteranos da reserva se recusaram a entrar em um edifício palestino devido ao apoio insuficiente de unidades especiais.

Os líderes do alto escalão frequentemente ignoram lacunas operacionais, forçando missões com claras limitações, estando “fora da realidade” e comprometendo tarefas, segundo declaração de um oficial da reserva.

Benjamin Netaniahu adiou o casamento de seu filho, que estava marcado para o final de novembro, supostamente por causa da ameaça dos drones, que já haviam visitado sua casa recentemente. Ele teme potenciais ataques de drones do Líbano, Iraque e Iêmen e recentemente questionou “o que faremos se um drone atingir o Knesset?”. Ele admite que, apesar das melhorias no sistema de defesa, eles continuam sendo uma preocupação urgente, segundo o sítio de notícias israelense Srugim.

As forças israelenses não previram a capacidade de defesa da resistência do Líbano que, apesar da invasão, continua a lançar foguetes e drones contra as posições do ocupante israelense, que parecem ter sido pegos de surpresa. Com isso, surgem rumores de apelos para interromper o conflito no norte e negociar um acordo por parte do governo sionista.

Há o reconhecimento da capacidade do Hesbolá de sustentar pressão por longo tempo por meio da artilharia contínua e do fogo de foguetes. O Hesbolá manteve sua capacidade de mísseis e ainda vem intensificando os ataques a cidades israelenses como Haifa e Safed, segundo o jornal israelense Maariv.

Benjamin Netaniahu foi descrito como “desligado do seu povo e soldados” e como o culpado pelo “fracasso completo” do governo, pelo ex-comandante da Divisão de Gaza, major-general Gadi Shamni. Além da crítica, ainda argumentou que a ocupação precisava urgentemente acabar com a guerra e garantir a libertação dos prisioneiros.

O Hesbolá afirmou que está pronto para um confronto prolongado e não aceitará um cessar-fogo nos termos israelenses, declarando que o campo de batalha determinará o resultado final e que “negocia a partir de uma posição de força”.

O grupo combate ativamente as tentativas de ocupação das forças israelenses, atacando simultaneamente os grupos de militares no sul do Líbano e locais escolhidos no norte da Palestina ocupada. Interceptaram vários drones inimigos do tipo Hermes, que custam aproximadamente 50 milhões de reais cada um.

Os bravos combatentes do Hesbolá também atingiram o fornecimento de energia para bases militares israelenses, além de uma fábrica de drones no assentamento de Nahariya. Os ataques aos grupos de soldados ao longo da fronteira têm causado inúmeras baixas aos israelenses, além de provocar transtornos psicológicos em vários soldados. Vários veículos de combate também foram noticiados como atingidos.

Mais de 800 soldados israelenses foram eliminados, 12.000 feridos e milhares estão sofrendo com transtornos pós-traumáticos (TEPT), diz o ex-comandante do norte de Israel, Noam Tibon. Desde o início da guerra há um ano, “perdemos a força de trabalho de uma divisão inteira e precisamos de três divisões adicionais; caso contrário, teremos dificuldade em defender Israel”, ressaltou Tibon.

O número de soldados israelenses mortos no sul do Líbano está aumentando diariamente, em vez de diminuir ao longo do tempo, segundo a imprensa israelense Jerusalem Post. Seth Frantzman, analista do mesmo veículo, afirma que, após um mês de guerra com o Líbano, a operação israelense “cobrou seu preço”. Frantzman ainda destaca que os ataques produzidos para enfraquecer o comando e o controle do Hesbolá não atingiram seu objetivo; a liderança permanece intacta e capaz de continuar seus ataques mortais.

Ao assassinar os comandantes do Hesbolá e o secretário-geral do partido, Saied Hassan Nasseralá, “deveria ter enfraquecido o comando e o controle do grupo”, mas a guerra em Gaza revelou que esses movimentos revolucionários são capazes de substituir o comando mesmo quando sofrem golpes, diz Frantzman.

Diante de tantos revezes sofridos pelos sionistas israelenses, que não conseguiram sucesso em eliminar o Hamas e libertar os prisioneiros, e para tentar mostrar alguma vitória, os ocupantes voltaram-se para invadir o Líbano, na expectativa de enfraquecer o apoio do povo ao Hesbolá e assim conquistar alguma vitória.

Não avaliaram corretamente a força do Hesbolá e, agora, estão em outra frente sem a menor chance de vitória. Deveriam ter aprendido com a experiência de 2006, quando, ao tentar invadir o Líbano, sofreram uma enorme derrota nas mãos da resistência.

Passados quase vinte anos, ao contrário do que pensavam os sionistas genocidas, o Hesbolá está ainda mais forte e com muito mais apoio do povo. Recentemente, parlamentares do Líbano declararam que o povo está com o Hesbolá e que, juntos, expulsarão novamente os invasores sionistas.

Talvez por isso, dois dos melhores conselheiros de Biden chegam na quinta-feira (31) a “Israel” para discutir e possivelmente fechar um acordo que encerraria a guerra com o Líbano. Isso aconteceu depois que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netaniahu convocou uma reunião de gabinete com altos funcionários, líderes militares e serviços de inteligência para discutir um possível acordo com o Líbano.

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