O jornalista investigativo americano Bob Woodward, em seu novo livro chamado Guerra, revela que, logo após a Operação Dilúvio de Al-Aqsa, em 7 de outubro de 2023, monarcas árabes se manifestaram a favor da destruição do Hamas, principal organização revolucionária do povo palestino.
Woodward afirma que o rei da Jordânia, Abdullah II, em reunião com Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, disse ao norte-americano que “Israel” “deve derrotar o Hamas”, pois “o Hamas é a Irmandade Muçulmana”. O lacaio do imperialismo e do sionismo ainda afirmou que “não diremos isso publicamente, mas apoiamos a derrota do Hamas”.
Igualmente, Mohammed bin Zayed, presidente dos Emirados Árabes Unidos, país serviçal dos EUA na região, reuniu-se com Blinken em 14 de outubro, ocasião em que manifestou que “o Hamas deve ser eliminado”, acrescentando que “temos alertado Israel repetidamente que o Hamas é a Irmandade Muçulmana”. Ainda, o cachorro do sionismo teria dito que “podemos dar tempo a Israel para eliminar o Hamas, mas primeiro, ele deve nos ajudar a acalmar nossos cidadãos das imagens de violência e destruição em Gaza, trazendo ajuda, estabelecendo zonas seguras e controlando a violência dos colonos na Cisjordânia. Deixe-o nos ajudar com nossos cidadãos, e lhe daremos espaço para eliminar o Hamas”.
Blinken também se reuniu com o Príncipe Faisal bin Farhan Al-Saud, ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, quando esteve no país em 14 de outubro. O chanceler saudita disse ao Secretário de Estado norte-americano que “’Israel’ não deveria ter confiado no Hamas, e Netanyahu nos alertou contra isso repetidamente, porque o Hamas é a Irmandade Muçulmana”, também demonstrando preocupação com o avanço da Revolução Palestina não apenas contra o sionismo, mas contra os serviçais árabes: “os grupos terroristas não estão apenas tentando eliminar Israel, mas também querem derrubar outros líderes árabes. Estamos preocupados com o que a operação israelense fará com toda a nossa segurança, e o que vier depois do Hamas pode ser pior”.
Outro governo árabe que se manifestou pela destruição do partido revolucionário Hamas foi Abdel Fattah El-Sisi, presidente do Egito. Em reunião com delegação dos EUA, o chefe da inteligência egípcia Abbas Kamel disse que “’Israel’ não deve entrar em Gaza de uma só vez, mas sim fazê-lo em etapas. Deve permitir que os líderes do Hamas saiam dos túneis antes de cortar suas cabeças de uma só vez”. O presidente do país, Abdel Fattah El-Sisi, teria afirmado em reunião com Blinken que “só quer manter a paz com Israel”.
Tais revelações servem para mostrar como esses governos árabes estão sob o controle do imperialismo e do sionismo, e explicar porque eles não fazem absolutamente nada para ajudar o povo palestino e o povo libanês na luta contra “Israel”, de forma que esse povo oprimido só pode contar com suas próprias organizações de resistência, com o Eixo da Resistência e com a mobilização dos trabalhadores em outros países na luta contra a entidade sionista.