No último dia 28 de outubro, a direção do Sindicato dos Bancários de Brasília realizou, em diversas agências do Banco Regional de Brasília (BRB) espalhadas pela Capital Federal, o retardamento das suas aberturas. As paralisações ocorreram devido aos ataques desferidos pela direção da empresa contra seus funcionários que exercem a função de gerenciamento no banco.
Segundo denúncias dos gerentes de expediente, que estiveram reunidos em plenária no Sindicato na quinta-feira, dia 24 de outubro, a direção do BRB está exigindo que esses profissionais obtenham o certificado CPA (certificado da Associação Nacional das Instituições de Investimento que habilita profissionais a atuar na distribuição de produtos de investimento) em tempo recorde. Tal exigência vem afetando o andamento de seus trabalhos diários, pois os gerentes, além de exercerem suas atribuições, estão acumulando funções, desempenhando também o papel de tesoureiro, gerente administrativo e atendimento ao cliente, o que tem levado, naturalmente, a uma sobrecarga de trabalho. Em muitos casos, os trabalhadores estão sendo obrigados a tirar licença de saúde por motivos laborais (psíquicos), como estresse e depressão, devido ao assédio constante por parte dos chefes de plantão, que exercem pressão sistemática sobre esses trabalhadores.
Para a diretora do Sindicato e funcionária do BRB, Samantha Sousa, “o ato (refere-se à paralisação das agências, n.d.r) é uma resposta ao anúncio do banco de que irá descomissionar esses gerentes a partir de 1º de novembro caso não possuam a certificação. Essa postura é ilegal” (Site Bancariosdf, 28/10/2024).
Robson Neri, também diretor do Sindicato e funcionário do banco, denuncia que “o BRB vem pressionando para que os gerentes façam de última hora o curso de CPA. Temos gerentes com mais de 20 anos de função que não possuem a certificação e não estão conseguindo obtê-la dentro do tempo hábil” (Idem).
Há, por parte da direção do BRB e, logicamente, pelo governo do bolsonarista golpista Ibaneis, uma gigantesca empreitada reacionária de ataques aos direitos e conquistas dos trabalhadores bancários e, claro, à população de Brasília, com medidas que impõem uma política que visa, no final das contas, pavimentar o caminho da privatização por meio da redução de postos de trabalho, descomissionamentos, fechamento de agências, entrega de subsidiárias, etc.
Diante dos ataques por parte da direção do BRB, é necessário intensificar a luta dos trabalhadores do banco, convocando uma assembleia presencial para organizar uma ampla mobilização contra mais essa ofensiva reacionária da direita frente àquela instituição.