Em 2020, Guilherme Boulos (PSOL) gastou 7,5 milhões em sua campanha eleitoral, tendo perdido, no segundo turno, para o finado Bruno Covas (PSDB) que recebeu 3.169.121 votos (59,39%) contra 2.168.109 (40,62%) recebidos pelo candidato do PSOL.
Já em 2024, Boulos obteve uma receita de 81,2 milhões para sua campanha eleitoral, a campanha mais cara do Brasil, mais de 10 vezes os valores recebidos em 2020, e terminou a eleição com 40,65% dos votos, quase igual à votação de 2020.
Na realidade, a diferença dos votos do vencedor para o segundo colocado, de 2020 para 2024, aumentou. Em 2024 foram 1069209 votos de diferença de Boulos para Nunes, 68197 a mais que 2020.
Além disso, nesta eleição Boulos teve coligação direta com o PT, que não estava na chapa no ano de 2020. Isso resultou no aumento das finanças, grande parte dos 81,2 milhões foi bancada pelo PT, mas ainda teve outros benefícios. A coligação com o PT, além do apoio político a Boulos, também garantiu mais tempo na televisão, por exemplo.
Ou seja, a derrota em 2024 foi muito mais acachapante que em 2020.