HISTÓRIA DA PALESTINA

O terrorismo ‘seletivo’ sionista contra palestinos e libaneses

O Estado terrorista de Israel tem assassinado há décadas lideranças libanesas e palestinas, o que é inútil, pois a resistência é um movimento social

Hanie e Sinuar

Neste ano, o regime fascista de “Israel” assassinou três importantes líderes da resistência, um do Líbano e dois da Palestina. Respectivamente Ismail Hanié (31/07), Iahia Sinuar (12/10) e Hassan Nasralá (27/9). Essa é uma estratégia que vem sendo utilizada há décadas. Sua eficácia, no entanto, é nula, uma vez que é uma ilusão acreditar que a morte de um líder possa dissolver organizações que estão profundamente ligadas na sociedade.

Tanto o Hesbolá quanto o Hamas foram criados como uma expressão da luta da população do Líbano e Palestina contra o imperialismo, que utiliza “Israel” para esmagar e ameaçar os países da região.

Muitos enxergam o Hesbolá e o Hamas sob a ótica da propaganda na grande imprensa, ou seja, que não passariam de grupos terroristas. Nada mais distante da realidade. Esses grupos têm importante papel social, o Hesbolá mantém escolas, hospitais, auxilia pessoas que sofreram perdas nas guerras que o Líbano sofreu, conta com parlamentares e com uma força militar de 60 mil soldados que já mostraram, mais de uma vez, do que são capazes. Venceram os sionistas em 2000 e 2006, bem como desbarataram os grupos terroristas financiados pelo imperialismo na Síria.

O Hamas é o principal partido da Faixa de Gaza, também tralha para na área da saúde, reconstrução, educação, implementação de bibliotecas, e é a força mais expressiva da Resistência Palestina, formada por diversos grupos, e que desferiu um golpe mortal contra a ocupação sionista em 7 de outubro de 2023.

Assassinatos “seletivos”

O Estado sionista se gaba de promover “ataques cirúrgicos”, e a própria imprensa capitalista trata de esconder que esses assassinatos produzem inúmeras vítimas. Em fevereiro de 1992, “Israel” assassinou Abbas Musawi com mísseis disparados de um helicóptero contra o carro no qual se encontrava. Morreram no ataque também sua esposa, quatro acompanhantes e seu filho de apenas cinco anos. Esse crime, no entanto, não é tratado como terrorismo pelo dito “mundo civilizado”.

Com a morte de Musawi, no entanto, Hassan Nasralá tornou-se secretário-geral do grupo, e demonstrou uma grande capacidade. Sob seu comando o Hesbolá adquiriu foguetes e formou excelentes combatentes e, ao contrário de se enfraquecer, tornou o Hezbolá ficou ainda mais forte.

Ahmed Ismail Hassan Yassin, líder religioso e um dos fundadores do Hamas foi assassinado em 22 de março de 2004. Yassin tinha à época 67 anos, era tetraplégico e praticamente não enxergava. Em seu lugar, Ismail Hanié assumiu a liderança do partido, sendo eleito, dois anos depois, como primeiro-ministro da Autoridade Palestina.

A morte de Iahia Sinuar, foi mostrada como um troféu pelos sionistas em todos os meios de comunicação. O resultado, no entanto, foi o oposto. Em vez da figura de um bilionário terrorista, como tentavam retratá-lo, o mundo viu um homem lutando pelo seu povo até o último minuto. Sua fotografia pode ser vista entre torcidas de futebol e populares nos países árabes e mesmo africanos. Os Estados Unidos e o Reino Unido declararam que participaram da morte de Sinuar, o que apenas comprova que os palestinos lutam diretamente contra o imperialismo.

Propaganda

Os assassinatos promovidos pelo imperialismo, apesar de terem se mostrado inúteis, servem para que os governos façam propaganda. Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, consegui reverter a sua impopularidade após os assassinatos de Nasralá e Sinuar. A população israelense, que até pouco tempo queria sua cabeça, o reelegeria, caso houvesse eleições. Passa a concordar com os esforços de guerra, e até mesmo com a impotência de “Israel” trazer de volta os reféns.

Para o mundo, os sionistas passam a imagem de serem imbatíveis, de serem capazes de promover ataques de alta precisão e inteligência. No entanto, esses crimes estão longe de serem efetivos, apesar de as mortes de Nasralá, Hanié, Sinuar, dentre outros, serem perdas inestimáveis.

A verdade é que a resistência não está se dobrando, ela é um fenômeno de massas, é uma verdadeira revolução em curso. Quando todos julgavam que os libaneses e os palestinos estavam fora de combate, eles ressurgiram e aplicaram golpes ainda mais duros contra a colonização capitalista e seu capanga, “Israel”, no Oriente Médio.

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