A USP recebeu uma reclamação formal da Universidade de Haifa, de “Israel”, devido às manifestações em defesa da Palestina realizadas por estudantes brasileiros na Universidade de São Paulo.
A Universidade de Haifa, em carta endereçada à USP, defendeu a manutenção das colaborações acadêmicas e afirmou que os cientistas israelenses também são vítimas do conflito. Os estudantes pedem que a USP corte relações com as universidades ligadas ao Estado genocida.
O reitor Gur Alroey criticou o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), que, segundo ele, silenciaria vozes favoráveis ao diálogo e à paz, ao promover boicotes que, de acordo com Alroey, atendem aos “interesses de extremistas de ambos os lados”.
A USP recentemente inaugurou um Centro de Estudos Palestinos na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Este centro deveria escrever uma carta ao professor de Haifa explicando que a cidade em que ele vive foi ocupada por meio da limpeza étnica de 97% da população de palestinos. E que esses palestinos têm o direito de retornar.
Deveria também explicar ao professor de Haifa que não existe “dois lados extremistas”. O que existe é um genocídio e uma ocupação, realizado pelos nazissionsitas, e do outro lado os palestinos que lutam contra isso.