Há um bom tempo que está em curso nos bancos, ao nível nacional, a mesma ofensiva reacionária dos diversos governos da direita contra os demais trabalhadores e o conjunto da população explorada deste País (arrocho salarial, desemprego em massa, privatização, liquidação da Previdência Pública, etc.)
Depois dos sistemáticos roubos salariais implementados pelos banqueiros ao longo dos últimos anos, os bancários estão sendo chamados a entregar o próprio emprego.
O arrocho salarial e as demissões são as duas faces da política dos banqueiros em descarregar sobre as costas dos bancários o ônus de toda a orgia financeira e capitalista levada às últimas consequências por um punhado de parasitas especuladores, sanguessugas dos recursos públicos, que tem levado a economia nacional à falência.
No embalo dessa política, nos últimos 12 meses os banqueiros demitiram mais de 42 mil trabalhadores bancários e foram admitidos cerca de 39 mil. A diferença entre demitidos e admitidos perfaz um pouco mais de 3 mil postos de trabalho fechados definitivamente, nesse período.
Esses dados são apenas a ponta do iceberg que visa reduzir drasticamente o número de bancários – o que efetivamente tem acontecido ao longo dessas duas últimas décadas em que a categoria foi reduzida drasticamente de um contingente de 750 mil, passando para os dias atuais de apenas 439 mil – através das demissões em massa e das famigeradas terceirizações.
Nesse sentido, o sucesso dessa política acabou abrindo as portas para o aprofundamento das demissões, do arrocho salarial, do terror e da política de superexploração dos funcionários.
Os banqueiros declararam guerra contra os trabalhadores bancários. Nessa guerra os bancários não devem utilizar bolandeiras, quando os seus inimigos utilizam fuzis de última geração. A reação contra os banqueiros tem que se dar em torno de um programa de mobilização e de lutas que aponte para o conjunto dos trabalhadores bancários (públicos e privados) uma forte reação unitária e coesa contra a ofensiva dos patrões.
Mal terminada a campanha salarial dos bancários, que tem a sua data base em setembro, o banco do Itaú/Unibanco já anunciou mais uma leva de demissão. Para barrar os ataques dos banqueiros é necessário exigir das organizações de luta dos trabalhadores bancários uma imediata campanha emergencial que levante como eixo principal a luta contra o desemprego.
É necessário e urgente a divulgação dos números das demissões no setor e denunciar e demonstrar o montante de bancários jogados no olho da rua através dos diversos planos de “reestruturação” que estão acontecendo nos diversos bancos, com o fechamento de agências e dependências bancárias e consequentemente a eliminação de postas de trabalho.
Contra esses ataques ferozes, os bancários devem levantar a vez e dizer aos patrões um vigoroso NÃO à qualquer demissão.