Operários da Valeo, em Suze-sur-Sarthe, estão em greve para salvar seus empregos. A fábrica, que produz sistemas de resfriamento de baterias para veículos elétricos da Stellantis, corre o risco de fechamento, assim como outras duas unidades na França, isso pode gerar a demissão em massas de mil trabalhadores.
Os trabalhadores colocaram cruzes de papel nos portões da fábrica, simbolizando os empregos ameaçados. Didier, um engenheiro que trabalha na Valeo há 34 anos, expressou tristeza com o possível encerramento das atividades, destacando o impacto negativo nas vidas de trabalhadores mais velhos, muitos com mais de 50 anos, que enfrentam dificuldades para encontrar novas oportunidades de emprego.
O aumento da idade de aposentadoria na França, de 62 para 64 anos, imposto pelo ditador Macron, intensifica as preocupações, pois os funcionários temem que os benefícios de desemprego não sejam suficientes até a aposentadoria.
A crise na indústria automotiva na França é exacerbada pela queda nas vendas de carros, a busca por mão de obra mais barata no exterior e o objetivo da União Europeia de eletrificar totalmente os veículos até 2035. Desde 2012, 70.000 empregos foram perdidos no setor, e o futuro de fábricas como a da Valeo é incerto, com decisões esperadas até meados de dezembro. A competição com empresas chinesas e possíveis fechamentos de fábricas também afetam a indústria automotiva em outros países europeus, como a Alemanha.
É a tática dos capitalistas, quando a produção diminui fecham as fábricas e demitem os trabalhadores. A pauta dos operários deve ser a escala móvel de trabalho, para que ninguém seja demitido. Caso o patrão feche a fábrica, é preciso ocupá-la e colocá-la sob o controle dos trabalhadores.